Angelo Cavalcante
A besta sionista
O genocídio televisionado e a farsa diplomática de Netanyahu na ONU

O discurso de Benjamin Netanyahu, o carniceiro de Gaza, no púlpito da Organização das Nações Unidas, fora das coisas mais abjetas e horripilantes que já assisti na vida.
Foi tremendo...
Aliás, vê-lo ali, balbuciando coisas desconectadas, sem nexo ou vínculo concreto e coerente com o mundo real mostrou e demonstrou pelo menos que o direito internacional já é um morto, um defunto insepulto.
Sob as ordens de Netanyahu, quase 250.000 palestinos já foram assassinados e devastados; destes, cerca de sessenta por cento são crianças, meninos, meninas ou bebês. Como dito pelo Presidente Lula, não é guerra... É genocídio!
Todos estamos a ver...
São milhares de vídeos mostrando diariamente casas sendo explodidas; são prédios desmoronando e um sem-número de crianças ensanguentadas e cobertas por fuligens; no infernal e caótico ambiente de desespero, aparecem pais ou mães ensandecidas carregando corpos inertes e sem vida de suas crianças.
Netanyahu é um assassino e que, pelo menos, deveria estar preso.
Todas as escolas de Gaza já foram destruídas, postos de saúde, enfermarias e a imensa maioria dos seus hospitais foram explodidos por mísseis e projéteis não por menos, presentes na Guerra russo-ucraniana.
Israel, apenas Israel, já matou mais jornalistas do que toda a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A conferência de organismos internacionais registra, ao menos, 260 profissionais mortos.
Já são dois anos de uma vil e covarde destruição e que sem peias ou qualquer tipo de cerimônia, pratica um genocídio reconhecidamente televisionado, filmado e documentado; por outro lado, a carniceria israelense, reparem bem, dessensibiliza o mundo.
Há nesse modus operandi uma dramática pedagogia do ódio e da violência e que, em doses sutis e homeopáticas, vai inoculando perversões novas e renovadas nas pessoas, além, é claro, de atiçar, fomentar indiferença, apatia e torpeza nos indivíduos que assistem embasbacados o abismo afetivo e subjetivo para onde Israel empurra o mundo.
Israel precisa ser parado! Netanyahu e seus generais devem ser condenados e presos e a imensa e resistente Palestina, em conformidade com toda sua larga história, deve se levantar como país soberano, com direito a uma capital, um interior integrado, potente e ativo, um litoral límpido, ecológico e prateado e uma vida comum e cotidiana de trabalho, respeito e paz.
Não paro de lembrar... Netanyahu falando com o mundo era como se Hitler, Pinochet ou Mussolini estivessem parlando com o planeta.
A dignidade do instante, no entanto, foi grande parte das delegações, inclusive a brasileira, se levantar das bancadas das Nações Unidas e, em gesto simbólico de importância universal, se retirarem do recinto onde a besta sionista defecava mentiras escancaradas, justificativas odientas e argumentos sebosos e molhados, umedecidos de sangue infantil.
Há esperança!
Palestina LIVRE!
Angelo Cavalcante – Economista, cientista político; professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Itumbiara.