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Estado de Goiás,18/10/2025

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    Blindagem a irmão de Lula e avanço sobre advogado marcam vitórias governistas na CPI do INSS

    O GLOBO
    Blindagem a irmão de Lula e avanço sobre advogado marcam vitórias governistas na CPI do INSS Reprodução

    O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), decidiu se nomear como novo integrante da CPI do INSS após uma sequência de derrotas da oposição no colegiado. A mais recente ocorreu com a rejeição do requerimento que pedia a convocação do irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Ferreira da Silva, o Frei Chico — vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi). A entidade é uma das investigadas pela Polícia Federal no esquema de descontos fraudulentos aplicados a aposentados. Frei Chico, no entanto, não é formalmente investigado.

    O pedido foi rejeitado por 19 votos a 11, simbolizando a vitória de uma articulação da base governista. O sucesso político marcou uma nova fase de atuação dos aliados do Palácio do Planalto na comissão. Após a instalação da CPI, o governo havia perdido o controle dos cargos principais do colegiado devido às ausências na sessão que escolheu o presidente e o relator, em setembro, mas passou a conquistar vitórias em votações que protegem nomes próximos à base.

    "A oposição foi vitoriosa na instauração da CPI. Mas, desde que ela começou, só colhemos derrotas. Perdemos todas. Decidi entrar para ajudar os parlamentares a se organizarem e conseguirem aprovar os requerimentos contra o governo. Não gosto de perder.", declarou Sóstenes.

    Vitórias recentes da base de Lula

    Blindagem ao irmão de Lula — A CPI rejeitou o pedido de convocação de José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula. Frei Chico é vice-presidente do Sindnapi, uma das entidades investigadas por fraudes no INSS. Ele não é alvo de inquérito.

    Quebras de sigilo barradas — Os aliados de Lula impediram as quebras de sigilo da publicitária Danielle Fonteles e de Paulo Boudens, ex-chefe de gabinete de Davi Alcolumbre. Danielle já trabalhou em campanhas do PT e recebeu R$ 5 milhões do “careca do INSS”.

    Avanço contra advogado — Outra vitória governista foi a quebra do sigilo bancário do advogado Eli Cohen, responsável pelas primeiras denúncias sobre as fraudes no INSS. Parlamentares da base esperam que os dados revelem irregularidades durante o governo Jair Bolsonaro.

    Em votações recentes, a base de Lula também bloqueou a quebra de sigilo da publicitária Danielle Miranda Fonteles e de sua empresa. Ela recebeu R$ 5 milhões do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, o “careca do INSS”, entre novembro de 2023 e março de 2025.

    Danielle já prestou serviços a campanhas petistas, como a de Dilma Rousseff em 2010. A rejeição reforçou a linha de atuação que manteve Frei Chico protegido — a publicitária também não é investigada.

    Segundo as defesas de Antunes e Fonteles, o pagamento foi feito como parte da negociação para a compra de um imóvel em Trancoso (BA), que acabou não se concretizando. O caso foi revelado pela revista “Veja” e confirmado pelo GLOBO.

    Na semana anterior, os votos do governo barraram a quebra de sigilo bancário de Paulo Boudens, ex-chefe de gabinete do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), considerado um dos principais articuladores do Executivo no Congresso.

    ‘Lista de chamada’

    A quebra de sigilo do advogado Eli Cohen foi celebrada como uma vitória da base governista. Parlamentares esperam que os dados levantem indícios de desvios durante o governo Bolsonaro.

    A “lista de chamada” tem sido o principal instrumento dos aliados do governo. Às segundas e quintas-feiras, dias de sessão, o gabinete do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), líder da bancada na CPI, entra em contato com os parlamentares da base para garantir quórum e evitar que suplentes da oposição votem. Em grupos de WhatsApp, deputados e senadores governistas recebem resumos das audiências e orientações sobre como proceder.

    Pimenta nega qualquer tentativa de proteger aliados:

    "Não queremos blindar ninguém, mas temos como diretriz a rejeição dos requerimentos que não tenham vínculo com o escopo da CPI."
















    Os governistas contam com uma “tropa de choque” dentro da comissão, que tem travado debates com a oposição e adotado uma postura mais técnica nas sessões.




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