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Estado de Goiás,14/12/2025

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    Angelo Cavalcante

    Nosso tempo: a prisão de Bolsonaro redesenha a disputa por poder rumo a 2026


    Nosso tempo: a prisão de Bolsonaro redesenha a disputa por poder rumo a 2026

    O "2026 político" começou com força, intensidade e muita temperatura no sábado, 21 de novembro de 2025.

    E por mais curioso que tudo isso possa parecer, todo o espectro, todo o macro-campo da direita fora, de fato, redefinido de uma banda a outra e de ponta a ponta na prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Reparem... 

    Não foi só um indivíduo que fora preso; quero dizer que um caminho, um horizonte, um rumo e muito bem definido dos atrasados e conservadores "morenos" fora aprisionado.

    Mais...

    A direita com toda razão, chora performática e copiosamente porque o principal líder popular da história dos reacionários brasileiros desde Plínio Salgado e seus integralistas, ação e concepção política que se enlameava nas teses do nazifascismo ainda dos anos de 1940, está, de fato, fora de combate. 

    Isto não é algo menor considerando, sobretudo, que não se forma uma liderança com efetiva profundidade, capilaridade e capacidade de mobilização como quem faz uma salada, um suco de laranja ou compra um pastel na feira de sábado.

    Líderes são diamantes raros! São bem poucos, escassos e absolutamente incomuns! 

    Surgem como grãos de areia que ingressam nos interiores de ostras e que por muito, muito tempo, vão compondo, fazendo, formando suas sofridas pérolas!

    Nunca são ordinários e sempre são extraordinários; jamais surgem de gritas, mídias e propagandas, ao contrário, se erguem, se levantam na discrição, no silêncio e na sua capacidade de agregação, ao fim, líderes de verdade, agregam.

    Corajosos, não tem receio em tomar decisões, inclusive, anti-populares; serenos, frios e racionais sabem o exato momento de avançar ou de recuar em uma peleja; sempre defendem causas e projetos.

    Sem receio, assumem limites, fazem autocrítica e no alcance de objetivos determinados valorizam destacadamente grupos, comunidades, bases e coletividades porque ele, mesmo individualmente, diz, expressa e retrata fenomenologicamente seu povo, sua gente, seus iguais e respectivos desideratos.

    O líder, mesmo sendo um, único e singular, é muitos, milhares, milhões! 

    É uma transcendência e que jamais poderá ser compreendida por balizas e marcos exclusiva e eminentemente racionais porque, em si, traz emoções, sentimentos, crenças, medos e arte.

    São absolutos e definitivos em ambientes de conflitos locais, nacionais ou internacionais; em um quadro de catástrofe natural sua mera presença traz força, energia e solidariedade aos atingidos; como ninguém possui as condições teóricas, filosóficas e conceituais para estabelecer negociações sobre parcerias, armisticios ou alianças taticas e estratégicas.

    Isso é um líder e perder uma liderança é prejuízo histórico e incalculável!

    Pois sim...

    Como direita/esquerda conformam isso e que classificamos como par dialético, todo esse quadro exige por sua vez, uma adequada e precisa retomada de posição dos progressistas brasileiros.

    Não mudou só para a "direitona"; a esquerda, do mesmo modo, fora atingida frontalmente por essa tsunami de mudanças. Agora é compreender as principais variáveis políticas restantes e, da mesma forma, assumir, à luz da história, suas improrrogaveis tarefas e missões em favor da construção da civilização do Brasil. Uma civilização de justiças, belezas, prosperidade e igualdade. 

    Em bom vernáculo, se diz, SOCIALISMO com nosso jeito, nossa ginga e nossos valores!

    A luta segue!

    Sem anistia!

     Angelo Cavalcante - Economista, cientista político, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Itumbiara.



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