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Estado de Goiás,14/12/2025

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    Zambelli deve cumprir pena em presídio de segurança média no DF caso seja extraditada

    Folha de S. Paulo
    Zambelli deve cumprir pena em presídio de segurança média no DF caso seja extraditada Reprodução

    Caso seja extraditada ao Brasil, a deputada federal Carla Zambelli deverá cumprir pena na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. A unidade é classificada como de segurança média e abriga mulheres nos regimes aberto, semiaberto e fechado.

    A informação consta em despacho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgado neste sábado (13).

    Segundo dados do governo do Distrito Federal, o presídio tem capacidade para mais de mil detentas e registrava, no fim do ano passado, 697 presas. Esse limite chegou a ser ultrapassado durante o período em que a unidade recebeu investigadas pelos atos de 8 de Janeiro, mas a situação teria sido normalizada posteriormente.

    De acordo com o juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, a população carcerária da Colmeia é organizada por blocos, conforme o perfil das internas. Presas em regimes distintos, como fechado e semiaberto, não convivem entre si.

    "A alocação das internas observa critérios técnicos definidos pela Administração Penitenciária, considerando vulnerabilidades, riscos, necessidades assistenciais e a preservação da integridade física e moral das custodiadas", afirma o documento.

    O governo do Distrito Federal informa que a penitenciária conta com "oficinas de trabalho, salas de aula para alfabetização, ensino fundamental, médio e bibliotecas". Também há uma ala destinada a gestantes e outra para lactantes, onde mães permanecem com os bebês por, no mínimo, seis meses.

    Segundo o relatório, a unidade oferece assistência médica nas áreas de ginecologia, clínica geral, psiquiatria, psicologia, odontologia e pediatria.

    A peça ainda destaca que o presídio "adota rotinas institucionais de monitoramento e prevenção de violação de direitos, com inspeções periódicas dos órgãos de controle e mecanismos internos de supervisão", além de observar "padrões de salubridade, segurança assistência previstos na Lei de Execução penal".

    Apesar das informações oficiais, a Colmeia foi alvo de críticas recentes. Em discurso na Câmara Legislativa em outubro, o deputado distrital Fábio Feliz (PSOL-DF) denunciou uma "situação degradante" na unidade e afirmou ter recebido diversas denúncias de violações de direitos humanos. "A unidade não está cumprindo o papel designado pela sociedade, visando à ressocialização das detentas", disse.

    Zambelli deixou o Brasil em junho, após ser condenada a dez anos de prisão pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela emissão de um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Já na Itália, ela foi condenada a outros cinco anos por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. As duas condenações integram um único pedido de extradição.

    No início deste mês, a Justiça italiana adiou para 18 de dezembro o início do julgamento do processo de extradição. Desde a prisão, Zambelli sofreu duas derrotas na Justiça do país. A Corte de Apelação negou pedido para que aguardasse o processo em prisão domiciliar ou em liberdade, ao apontar risco de fuga. Em outubro, a Corte de Cassação, última instância, rejeitou novo recurso e manteve a parlamentar presa.




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