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Estado de Goiás,14/12/2025

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    Agronegócio bate recorde de R$ 3,13 tri, com exportações em alta, apesar do 'tarifaço' dos EUA

    UOL
    Agronegócio bate recorde de R$ 3,13 tri, com exportações em alta, apesar do 'tarifaço' dos EUA reprodução

    O agronegócio brasileiro consolidou-se como o motor da economia em 2025, apresentando uma expansão robusta de 9,6% e alcançando um valor estimado de R$ 3,13 trilhões em contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Os dados fazem parte do balanço anual divulgado nesta segunda-feira pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

    O setor foi fundamental para evitar um cenário fiscal mais delicado e para levar a inflação a patamares mais controlados, próximos de 4,4%. No comércio exterior, a balança se manteve positiva, com exportações totalizando US$ 82 bilhões apenas no primeiro semestre.

    ⚠️ Crescimento Desacelera

    Apesar dos números expressivos, a CNA soou um alerta para o ano de 2026. A Confederação projeta uma forte desaceleração, com a expectativa de que o PIB do Agronegócio cresça apenas 1%.

    O principal motivo da preocupação reside no cenário macroeconômico. A manutenção da taxa Selic no patamar de 15% ao ano, combinada com as incertezas do ajuste fiscal do governo, cria um ambiente hostil para o produtor rural.

    "A alta taxa de juros, impulsionada pela necessidade de controle fiscal, está drenando a capacidade de investimento e, o que é mais grave, elevando a inadimplência a níveis históricos", afirmou o presidente da CNA durante a coletiva de imprensa.

    💰 Inadimplência Recorde no Crédito Rural

    O crédito rural com taxas de mercado se tornou um ponto nevrálgico. A inadimplência disparou, atingindo 11,4% em outubro de 2025, o maior índice desde 2011. No ano anterior, esse número era de 3,54%.

    🥩 Pecuária Enfrenta Riscos na Produção

    No setor de carnes, o cenário para 2026 é de retração. A CNA prevê uma queda de 4,5% na produção de carne bovina, resultado do alto índice de abate de fêmeas em 2025 (49,9% do total). Essa redução na base de matrizes deve causar uma menor oferta de animais no futuro, pressionando os preços da arroba e da carne ao consumidor.

    O risco externo também pesa, com o Brasil sob investigação da China, principal comprador, que pode impor salvaguardas (restrições comerciais) à carne bovina brasileira.

    A CNA conclui que 2025 foi um ano de fôlego, mas 2026 exigirá cautela redobrada dos produtores e atenção máxima do governo para garantir condições de crédito e competitividade internacional.




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