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Estado de Goiás,18/10/2025

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    Cláudio Henrique da Rocha

    De Marconi a Caiado: do ciclo de investimentos à perda de protagonismo de Anápolis


    De Marconi a Caiado: do ciclo de investimentos à perda de protagonismo de Anápolis

    Anápolis, terceira maior cidade de Goiás, sempre exerceu papel estratégico no desenvolvimento do Estado. Nos governos de Marconi Perillo (PSDB), essa relevância se traduziu em investimentos consistentes que colocaram o município em destaque no cenário econômico e político. A gestão tucana valorizou Anápolis como centro industrial, logístico e educacional, fortalecendo sua vocação para o crescimento e aproximando a cidade das grandes decisões estaduais.

    À frente do Palácio das Esmeraldas, Marconi construiu o Hospital de Urgências de Anápolis — posteriormente ampliado —, entregou o Centro de Convenções e criou a Universidade Estadual de Goiás (UEG), consolidando a oferta de ensino superior e de serviços públicos de alta complexidade na região.

    No eixo da infraestrutura e logística, o pacote incluiu a modernização do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), a entrega da pista do Aeroporto de Cargas, o impulsionamento da Plataforma Logística Multimodal e a viabilização do trecho da Ferrovia Norte–Sul que conecta a cidade a Palmas. Nas rodovias, avançaram a duplicação da BR-153 até Brasília e a reconstrução e duplicação de vias estaduais como as GOs-222, 437 e 330, além de viadutos, trevos, ciclovias e pavimentações que facilitaram a mobilidade urbana e o escoamento produtivo.

    Na saúde, além da criação e posterior ampliação do Hospital de Urgências, houve reforços à Santa Casa e apoio a entidades como a APAE. Na educação, a UEG consolidou presença em Anápolis; a cidade também recebeu três colégios militares e o ITEGO, elevando a formação técnica e profissional. Na habitação, milhares de moradias e escrituras foram entregues em parceria com a Caixa. Já na segurança pública, foram construídos o Complexo Prisional e o Centro Socioeducativo, além da entrega de viaturas e da implantação da Patrulha Maria da Penha.

    O ambiente de negócios reagiu. Com infraestrutura, segurança jurídica e incentivos, mais de 60 indústrias se instalaram ou expandiram operações em Anápolis — entre elas a Hyundai e a Gerresheimer —, impulsionando também o polo farmacêutico. O impacto foi direto na geração de empregos, no aumento da arrecadação e no salto robusto do PIB local, consolidando o município como engrenagem vital da economia goiana.

    Nos últimos anos, porém, lideranças locais apontam perda de protagonismo político de Anápolis no governo Ronaldo Caiado (UB). A percepção recorrente é que o município, antes prioridade em obras e decisões estratégicas, tem recebido atenção aquém de seu peso econômico e demográfico, enquanto outras regiões ganharam centralidade orçamentária e política.

    Esse contraste ajuda a explicar o debate atual: para recuperar competitividade e influência, Anápolis precisa voltar ao centro da estratégia estadual. A experiência dos governos Marconi — com obras estruturantes, expansão educacional e ambiente favorável a investimentos — é citada por analistas como modelo de gestão que valorizou a cidade, seus representantes e seu papel no projeto de desenvolvimento de Goiás.



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