Goiás bate recorde histórico na produção de alho e se consolida como 2º maior produtor do país
Valor da produção saltou para R$ 738,8 milhões em 2024, um crescimento de 31,6%. Estado registra a menor dependência de importação do Brasil, com Cristalina liderando a colheita.
Reprodução Goiás confirmou sua vocação para a agricultura de alto desempenho e garantiu o segundo lugar nacional na produção e área colhida de alho. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam um cenário de forte expansão na alhicultura goiana, impulsionada por tecnologia e profissionalização.
No acumulado da última década, os números impressionam: o valor da produção cresceu 210,1%, a área plantada aumentou 64% e o volume produzido subiu 57,6%.
Recorde milionário em 2024
O ano de 2024 marcou um momento histórico para o setor no estado. O valor da produção atingiu a cifra recorde de R$ 738,8 milhões, representando um salto de 31,6% em comparação ao ano anterior.
Segundo a análise da Inteligência de Mercado Agropecuário da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), esse desempenho reflete diretamente a eficiência aplicada na industrialização, conservação e processamento do alho.
Para o titular da Seapa, Pedro Leonardo Rezende, o sucesso é fruto do investimento privado somado à segurança das políticas públicas:
“O alho tem ganhado espaço no agronegócio goiano graças à combinação de tecnologia, manejo eficiente e profissionalização da cadeia. Esses resultados representam oportunidade de renda e inclusão produtiva para alcançar diversas regiões do estado”, destaca.
O mapa do alho em Goiás
Embora a cultura esteja presente em apenas 10 municípios, a produtividade é alta e competitiva. Veja os destaques regionais:
• Cristalina: É a grande líder, responsável por mais da metade de todo o alho colhido no estado em 2024.
• Padre Bernardo e Ipameri: Figuram entre as maiores produtividades de todo o Brasil.
• Luziânia: Registrou o maior crescimento em relação ao ano anterior.
• Catalão: Quase dobrou sua produção no mesmo período.
Baixa dependência de importação
Enquanto o Brasil tem uma alta demanda doméstica — importando 145,5 mil toneladas de alho em 2024 —, Goiás nada contra a maré da dependência externa.
Dentre os estados importadores, Goiás possui a menor participação, tendo adquirido apenas 25,2 toneladas da Argentina no período. Esse dado reforça a autossuficiência e a competitividade do produto goiano frente ao mercado nacional.
Os dados completos sobre a cadeia produtiva estão reunidos na 75ª edição do Agro em Dados, informativo mensal da Seapa.