Bancos acertam proposta de R$ 12 bilhões em empréstimo para os Correios
reprodução A proposta de empréstimo apresentada por um grupo de cinco bancos aos Correios ficou em R$ 12 bilhões, abaixo dos R$ 20 bilhões pretendidos pela estatal. A empresa afirma que precisa reforçar o caixa até a semana que vem, em meio a uma crise financeira, e deve receber todas as propostas até esta sexta-feira.
O novo valor está em análise pelos Correios e pelo Tesouro Nacional, que pode atuar como avalista da operação. Segundo interlocutores, participam da oferta: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Santander, Itaú e Bradesco.
As negociações avançam para uma taxa de juros equivalente a 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) ao ano — limite aceitável pelo Tesouro para entrar como garantidor.
A estatal lançou a nova rodada de oferta pública na quarta-feira, com prazo de entrega das propostas terminando nesta sexta. Na rodada anterior, o pool formado por Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil, Banco do Brasil e Safra havia oferecido juros de 136% do CDI ao ano, proposta recusada pelo Tesouro por ultrapassar o padrão de 120% do CDI usado em operações com aval da União.
Atendendo determinação do governo, a Caixa passou a integrar as negociações, na tentativa de adequar a proposta às exigências do Tesouro.
O empréstimo está condicionado a um plano de reestruturação dos Correios, com medidas de corte de gastos e aumento de receitas para que a estatal volte a registrar lucro em 2027. O plano inclui demissão voluntária de 15 mil trabalhadores — 10 mil em 2026 e 5 mil em 2027 —, além do fechamento de 1 mil unidades e novas parcerias com o setor privado.