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Estado de Goiás,14/12/2025

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    Deputados de SC aprovam fim de cotas raciais em universidades estaduais


    Deputados de SC aprovam fim de cotas raciais em universidades estaduais Sessão da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina - Rodolfo Espínola/Agência Alesc

    A Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou nesta quarta-feira (10) um projeto de lei que proíbe a adoção de cotas raciais em universidades que recebem investimentos do estado. O texto teve apenas 7 votos contrários e agora segue para sanção do governador Jorginho Mello (PL).

    A proposta impede a reserva de vagas não só para estudantes, mas também para a contratação de docentes, técnicos e qualquer outro profissional.

    Autor do projeto fala em isonomia

    O texto foi apresentado pelo deputado Alex Brasil (PL), que afirma que a medida busca garantir igualdade nos processos seletivos. Ele argumenta na proposta que "A adoção de cotas fundadas em outros critérios que não o estritamente econômico ou de origem estudantil em escolas públicas, suscita controvérsias jurídicas e pode colidir com os princípios da isonomia e da impessoalidade, ao criar distinções que não necessariamente refletem situações de desvantagem".

    Em outubro, o projeto chegou a ser considerado inconstitucional pelo primeiro relator, Fabiano da Luz (PT). Com novo parecer, a matéria foi aprovada.

    Instituições que descumprirem a norma poderão ser multadas em R$ 100 mil por edital e perder repasses estaduais.

    Exceções previstas no texto

    O projeto não se aplica às reservas de vagas para:



    • pessoas com deficiência;




    • critérios exclusivamente econômicos;




    • estudantes oriundos de instituições estaduais públicas.



    Se sancionada, a medida afetará diretamente a Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) e também instituições do sistema Acafe, que recebem recursos públicos pelo programa Universidade Gratuíta. A regra também alcança instituições privadas que recebem bolsas do Fumdesc.

    Entidades estudantis criticam a aprovação

    A União Catarinense dos Estudantes condenou a medida e afirmou que ela representa um projeto de apagamento no ensino superior. Segundo a entidade, "O racismo cria barreiras, e retirar as cotas raciais é dizer institucionalmente que a exclusão histórica sofrida pela população negra e indígena não importa."

    Contexto nacional 

    No âmbito federal, cotas raciais são previstas em lei desde 2012. O sistema reserva 50% das vagas em instituições federais para estudantes da rede pública, com percentual destinado a pessoas de baixa renda, pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência.




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