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Estado de Goiás,14/12/2025

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    Risco de AVC cresce com consumo elevado de energéticos, dizem especialistas

    Folha de S. Paulo
    Risco de AVC cresce com consumo elevado de energéticos, dizem especialistas reprodução

    Um estudo de caso publicado no BMJ Case Reports reacendeu o alerta sobre o consumo exagerado de energéticos. Médicos do Nottingham University Hospitals NHS Trust, na Inglaterra, atenderam um homem saudável de 50 anos que sofreu um AVC no tálamo — e que tinha o hábito diário de beber oito latas de bebida energética.

    Sintomas e pressão extremamente alta

    O paciente chegou ao hospital com fraqueza e dormência no lado esquerdo do corpo, dificuldades de equilíbrio, locomoção, fala e deglutição — um quadro de ataxia.

    Ao ser atendido, a pressão arterial dele marcava 254/150 mmHg, um nível considerado extremamente elevado.

    Ele havia começado a tomar remédios para reduzir a pressão, que caiu inicialmente para 170 mmHg. Mas, ao voltar para casa, voltou a subir e permaneceu alta, mesmo após aumento da dose.

    Ingestão diária triplicava o limite recomendado

    Só depois de questionamentos detalhados, o homem revelou o consumo médio de oito energéticos por dia, cada um com 160 mg de cafeína.

    O total diário de 1.200 a 1.300 mg ultrapassa em mais de três vezes o limite máximo recomendado, de 400 mg.

    O paciente relatou que não tinha ideia dos riscos:


    "Obviamente, eu não tinha noção dos perigos que o consumo de bebidas energéticas estava causando a mim mesmo. Fiquei com dormência na mão e nos dedos do lado esquerdo, no pé e nos dedos dos pés, mesmo depois de oito anos."


    Caféina oculta e mistura de substâncias preocupam médicos

    Os especialistas destacam que os riscos dos energéticos ainda são pouco conhecidos pelo público. Além da alta concentração de cafeína — mais de 150 mg por litro — as bebidas incluem elevado teor de açúcar e outros compostos que podem potencializar os efeitos estimulantes.

    Segundo eles:


    "Essa quantidade declarada é a 'cafeína pura', mas outros ingredientes contêm 'cafeína oculta' — por exemplo, acredita-se que o guaraná contenha cafeína em uma concentração duas vezes maior que a de um grão de café. A hipótese é que a interação desses outros ingredientes, incluindo taurina, guaraná, ginseng e glucuronolactona, potencializa os efeitos da cafeína, aumentando o risco de acidente vascular cerebral [doença cardiovascular] por meio de diversos mecanismos".














    O caso acende um alerta direto: o consumo exagerado de energéticos sobretudo combinado a outros estimulantes pode ter consequências graves e duradouras.






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