Em 2025, o Brasil vive um fenômeno silencioso, mas de alto custo: os divórcios passaram a movimentar valores milionários. Entre custas judiciais, cartórios, honorários advocatícios e partilhas, o fim de um casamento tornou-se um dos processos mais onerosos da vida adulta — e isso vem mudando a percepção sobre o compromisso formal no país.

Estimativas baseadas em dados do IBGE e nos custos médios praticados por advogados e cartórios indicam que um divórcio consensual pode chegar a R$ 8 mil, enquanto um litigioso facilmente ultrapassa R$ 20 mil. Os valores não incluem despesas adicionais, como perícias, diligências e a divisão de patrimônio.

Nos últimos anos, o Brasil passou a registrar 45,7 divórcios para cada 100 casamentos, somando cerca de 420 a 450 mil separações por ano. O cenário evidencia não apenas o aumento das despesas, mas também o desgaste emocional e financeiro envolvido no rompimento.

Se casar é caro, separar é ainda mais

Enquanto o casamento exige planejamento financeiro, o divórcio demanda fôlego extra. Em muitos casos, o custo de encerrar uma união supera o investimento feito na própria cerimônia.

Não por acaso, cresce o número de pessoas que optam por relações sem vínculos legais formais, priorizando autonomia, clareza e liberdade. É nesse contexto que ganham espaço os chamados relacionamentos sugar.

"Depois de enfrentarem as dores de cabeça da separação, essas pessoas passam a buscar praticidade. Evitam complicações, preferindo a simplicidade e a leveza que são facilmente encontradas nos relacionamentos Sugar. Isso porque é um estilo de vida sem cobranças, oferecendo uma convivência mais descontraída entre um Sugar Daddy e uma Sugar Baby", afirma Caio Bittencourt, especialista em comportamento afetivo e relacionamentos.

Celebridades reforçam a mudança de comportamento

Nos círculos de celebridades, a transformação já é perceptível. Leonardo DiCaprio e o ex-jogador Romário tornaram-se exemplos de um estilo relacional marcado por leveza, transparência e afinidade, sem pressão por casamento ou formalizações.

São relações com mulheres independentes, objetivas e alinhadas a esse modelo contemporâneo de afeto, no qual a formalidade dá lugar a acordos claros e expectativas ajustadas.

Modelo ganha popularidade no Brasil

A tendência não se restringe ao universo dos famosos. Cada vez mais homens brasileiros buscam relações que se encaixem em seus estilos de vida, com menos burocracia e mais transparência.

Dados da plataforma MeuPatrocínio apontam que o Brasil ultrapassou 18,4 milhões de usuários em 2025, um crescimento de 19,15% em relação a 2023. O aumento indica uma mudança clara de comportamento: menos interesse por vínculos burocráticos e mais abertura para relações consensuais, transparentes e sem jogos emocionais.

Nesse cenário, os relacionamentos sugar se consolidam como alternativa para quem prefere investir tempo, energia e recursos em conexões prazerosas, evitando processos judiciais longos, caros e emocionalmente desgastantes.