Governo e aliados comemoram fim das sanções a Moraes e atribuem decisão a articulação de Lula
O ministro Alexandre de Moraes, do STF - Gabriela Biló - 11.set.2025/Folhapress Integrantes do governo Lula (PT) e aliados comemoraram a decisão dos Estados Unidos de remover o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), da lista de pessoas sancionadas pela Lei Magnitsky. A revogação foi divulgada nesta sexta-feira (12).
A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), responsável pela articulação política do governo, celebrou o recuo e atribuiu o resultado diretamente ao presidente:
"A retirada das sanções dos EUA contra o ministro Alexandre de Moraes é uma grande vitória do Brasil e do presidente Lula", escreveu. "Foi Lula quem colocou esta revogação na mesa de Donald Trump, num diálogo altivo e soberano. É uma grande derrota da família de Jair Bolsonaro, traidores que conspiraram contra o Brasil e contra a Justiça."
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, usou o mesmo tom ao parabenizar Lula e Moraes:
"Você conseguiu recolocar o Brasil no caminho do diálogo depois de toda aquela sabotagem feita pela família do Bolsonaro que agiram como traidores da pátria, impondo tarifas, sanções aos ministros do Supremo", disse em vídeo.
📌 Relembre o histórico das sanções
Moraes havia sido punido pelo governo de Donald Trump em 30 de julho. Na época, o secretário de Estado, Marco Rubio, declarou que havia "graves abusos de direitos humanos" cometidos pelo ministro do STF.
A retirada das sanções também alcançou a esposa de Moraes, Viviane Barci, e a Lex – Instituto de Estudos Jurídicos, empresa ligada à família do magistrado.
A aplicação da Lei Magnitsky a uma autoridade brasileira tinha sido inédita. O dispositivo costuma ser usado pelos EUA para punir graves violações de direitos humanos, práticas de corrupção e regimes autoritários. Sanções semelhantes já haviam sido aplicadas a integrantes de cortes superiores da Venezuela.