Eduardo Bolsonaro diz receber com “pesar” retirada de sanções dos EUA contra Moraes
reprodução O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta sexta-feira (12) que recebeu com “pesar” a decisão do governo dos Estados Unidos de retirar as sanções aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em publicação no X (antigo Twitter), o deputado declarou que a sociedade brasileira perdeu uma “janela de oportunidade” para “enfrentar seus próprios problemas estruturais”.
A medida também retirou da lista de sancionados a esposa de Moraes, Viviane, além de bloquear o uso anterior da Lei Magnitsky, que havia sido aplicada ao ministro em julho. O comunicado do governo americano não informa os motivos para a reversão.
🔎 O que significava a sanção
Com a decisão de julho, todos os bens de Moraes, da esposa e de uma empresa do casal nos EUA estavam bloqueados, e cidadãos americanos estavam impedidos de realizar negócios com o ministro.
A GloboNews apurou junto ao Itamaraty que o Brasil já tinha sinais de que a reversão poderia ocorrer desde o último telefonema entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente americano Donald Trump.
Segundo o governo brasileiro, o tema vinha sendo tratado tanto em reuniões ministeriais — entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado Marco Rubio — quanto em encontros de nível presidencial.
📌 Papel de Eduardo Bolsonaro no episódio
Eduardo Bolsonaro é apontado como um dos articuladores das sanções contra Moraes e outras autoridades brasileiras junto ao governo norte-americano.
Quando as sanções foram impostas, os EUA justificaram a decisão citando o processo em curso no STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), então réu por tentativa de golpe de Estado após a derrota para Lula em 2022.
Em 11 de setembro, Jair Bolsonaro foi condenado a mais de 27 anos de prisão e cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. No mesmo mês, a esposa de Moraes, Viviane Barci de Moraes, também foi incluída na lista.
🟦 A reação de Moraes à época
Na ocasião, o ministro classificou a sanção dos EUA como “ilegal e lamentável”.
Em nota divulgada pelo STF, afirmou:
"Independência do Judiciário, coragem institucional e defesa à Soberania nacional fazem parte do universo republicano dos juízes brasileiros, que não aceitarão coações ou obstruções no exercício de sua missão constitucional conferida soberanamente pelo Povo brasileiro".
📝 Nota de Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo
O texto divulgado pelos dois diz:
"NOTA PÚBLICA
Recebemos com pesar a notícia da mais recente decisão anunciada pelo governo americano. Somos gratos pelo apoio que o presidente Trump demonstrou ao longo dessa trajetória e pela atenção que dedicou à grave crise de liberdades que assola o Brasil."