Bolsonaro e Valdemar articulam redução de penas do 8/1 e ofensiva sobre Orçamento em ano de eleições

O ChatGPT disse:
O PL articula uma nova investida no Congresso com o objetivo de destravar o projeto que reduz as penas dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e, simultaneamente, ampliar o desgaste do governo Lula em votações cruciais para a administração. A estratégia foi definida nesta segunda-feira, durante reunião entre o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar.
Valdemar chegou ao condomínio de Bolsonaro em Brasília por volta das 14h e saiu às 17h30, após um encontro descrito por aliados como “longo e político”. Segundo interlocutores, ambos avaliam que o texto da dosimetria, relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP), está travado por falta de articulação da cúpula do Congresso.
Bolsonaro defendeu que o PL adote uma postura mais firme no Senado, sem, no entanto, romper pontes com o Centrão. A orientação é evitar ataques diretos ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem se mostrado disposto a dialogar com a oposição, e concentrar a pressão sobre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para que retome as negociações.
De acordo com aliados, Valdemar se comprometeu a intensificar a atuação no Senado com o apoio de Rogério Marinho (PL-RN), líder da bancada. O partido também avalia recorrer à obstrução das votações como forma de pressão política caso o tema continue paralisado.
O projeto da dosimetria, parado há mais de um mês no Senado, é considerado uma bandeira simbólica para mobilizar as bases bolsonaristas e pressionar o Congresso a reagir à opinião pública.
Bolsonaro ainda cobrou que o PL adote uma oposição mais dura ao governo, especialmente em dois pontos que podem representar derrotas relevantes para o Planalto: a possível derrubada dos vetos ao licenciamento ambiental e a recomposição orçamentária da MP alternativa ao IOF.
O ex-presidente vê nesses temas a chance de associar o governo ao aumento de gastos e ao avanço de uma “agenda verde” que desagrada o setor ruralista. Rejeitar as medidas voltadas à recomposição do déficit de R$ 46 bilhões em 2025 e 2026, após a rejeição da MP, também significaria, segundo essa leitura, limitar os recursos disponíveis ao Planalto em um ano eleitoral.
O encontro também serviu para revisar o panorama eleitoral de 2026. Valdemar apresentou dados sobre alianças regionais e nomes competitivos em estados estratégicos, enquanto Bolsonaro defendeu priorizar palanques ideológicos em Santa Catarina, Distrito Federal e Rio de Janeiro. Já em estados como Bahia, Pará e Ceará, o partido tende a adotar alianças pragmáticas com o Republicanos e o PP.
Durante a conversa, os dois também discutiram a provável indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal. A avaliação foi de que o PL deve “dar trabalho” ao governo na sabatina, explorando contradições do passado de Messias. O caso mais sensível envolve o episódio de 2016, quando Dilma Rousseff informou a Lula que enviaria, por meio de “Bessias”, o termo de posse que o tornaria ministro da Casa Civil.