Polícia Federal prende líder do PCC em operação conjunta com a Bolívia

Uma operação conjunta entre a Força Especial de Luta contra o Crime da Bolívia e a Polícia Federal do Brasil resultou, ontem, na prisão de Marcos Roberto de Almeida, conhecido como 'Tuta'. Ele é considerado o principal sucessor de Marcos Willians Herbas Camacho, o 'Marcola', na liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do Brasil, que expandiu suas atividades para diversos países.
Tuta estava foragido da Justiça e foi capturado em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, sob acusação de uso de documentos falsificados. Durante o interrogatório, ele revelou ser o responsável pela estrutura de lavagem de dinheiro internacional do PCC, um esquema financeiro ligado ao tráfico de drogas. Tuta foi condenado a mais de 12 anos de prisão em regime fechado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e outros crimes. Seu nome foi incluído na Difusão Vermelha da Interpol, um alerta internacional para a sua captura.
A prisão de Tuta marca uma importante vitória para as autoridades policiais no combate ao PCC. Desde sua detenção, ele permanece sob custódia na Bolívia, aguardando os procedimentos legais para sua expulsão do país e extradição para o Brasil. Assim que transferido, Tuta deverá cumprir sua pena em um presídio federal.
Marcos Willians Herbas Camacho, o 'Marcola', líder máximo do PCC, cumpre uma pena de mais de 300 anos de prisão, em regime de segurança máxima em uma penitenciária federal em Brasília. Ele foi condenado por crimes como homicídios, tráfico de drogas, roubo de bancos, formação de quadrilha e roubos armados. Marcola está preso desde 1999, embora tenha sido detido anteriormente em outras três ocasiões, fugindo sempre que possível.
Tuta assumiu a liderança do PCC em 2020, após Marcola ser transferido para o regime fechado em um presídio federal. A substituição foi uma decisão direta de Marcola, que designou Tuta para assumir o comando da organização criminosa, mantendo a continuidade das atividades do PCC.