Federação União e PP deve perder grande parte dos parlamentares para o PL

Metrópoles
Federação União e PP deve perder grande parte dos parlamentares para o PL Reprodução

Membros do União e do PP estão se preparando para deixar suas legendas após a oficialização da federação esta semana. Alguns congressistas, sob anonimato, comentam que perderiam influência diante do novo cenário político em seus estados, temendo que adversários locais assumam o controle do financiamento de campanhas e da formação de chapas para as eleições de 2026. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, é frequentemente mencionado como o destino mais provável para esses parlamentares.

A federação funciona como uma fusão temporária, com duração mínima de quatro anos. Após esse período, os partidos federados podem se desmembrar sem enfrentar problemas com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante esse tempo, eles devem operar como uma entidade única, compartilhando o fundo eleitoral, as chapas de candidatos para cargos proporcionais (deputados, senadores e vereadores) e têm a possibilidade de lançar um único candidato para posições majoritárias (presidente da República, governadores, senadores e prefeitos).

O receio de perder poder político é mais intenso entre os parlamentares em estados onde a liderança ficará a cargo dos atuais presidentes do União Brasil ou do PP. Como foi revelado pelo Metrópoles, os partidos estabeleceram uma “partilha” do Brasil, definindo em quais regiões cada sigla manteria o controle sobre a escolha das candidaturas e quando a decisão final caberia à executiva nacional da federação, a qual será liderada pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

De acordo com o pacto, a liderança da federação estabelecerá as candidaturas e a administração do megapartido nos três maiores colégios eleitorais do Brasil: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Além disso, a direção será responsável pelas decisões referentes ao Distrito Federal, Maranhão, Paraíba, Sergipe e Tocantins.

O PP, sob a liderança do senador Ciro Nogueira (PI), ficará encarregado dos estados do Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. Por sua vez, o União Brasil, presidido por Antônio de Rueda, terá autoridade nas decisões dos estados: Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia.

Atualmente, o PP conta com 50 deputados e seis senadores, enquanto o União Brasil possui 59 cadeiras na Câmara e sete no Senado, incluindo o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (AP). Assim, caso a federação se concretize, ela ultrapassará o PL e se tornará a maior bancada da Câmara, totalizando 109 parlamentares e garantindo a maior parcela do fundo eleitoral nas eleições de 2026. Dessa maneira, o novo megapartido do Centrão se tornará um elemento crucial nas alianças eleitorais de 2026.

Em uma entrevista ao Metrópoles, na coluna de Igor Gadelha, Ciro Nogueira expressou otimismo quanto à possibilidade de aumentar o número de cadeiras com a janela partidária. O senador espera contar com 150 deputados, pois novos integrantes poderiam ser atraídos pela perspectiva de um fundo partidário mais robusto e pela inclusão de mais nomes de destaque em suas chapas, facilitando não apenas a reeleição dos parlamentares atuais, mas também de seus aliados.




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