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Estado de Goiás,14/12/2025

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    Coronel da PM é acusado de oferecer promoção a militar para executar empresário, aponta investigação


    Coronel da PM é acusado de oferecer promoção a militar para executar empresário, aponta investigação Registro do local onde empresário foi assassinado na porta de uma pastelaria, em Goiânia. (Crédito: Reprodução / TV Anhanguera)

    Uma investigação da Polícia Civil de Goiás (PCGO) revelou uma trama complexa envolvendo a alta patente da Polícia Militar no assassinato do empresário Fabrício Brasil Lourenço, de 49 anos. O coronel Alessandro Regys de Carvalho, superintendente de Aviação da Casa Militar, é apontado como o mandante do crime e teria prometido uma promoção a um policial militar para executar a vítima.

    O crime ocorreu em frente à pastelaria do empresário, no Bairro Feliz, em Goiânia. Segundo o inquérito, a motivação seria vingança: Fabrício respondeu a um processo em 2020 por um suposto estupro contra uma parente do coronel.


    O crime e a dinâmica

    No dia 4 de outubro de 2025, câmeras de segurança registraram o momento da execução. Por volta das 21h40, Fabrício estava na calçada jogando o lixo fora quando dois homens em uma motocicleta se aproximaram.

    As imagens mostram os suspeitos disparando vários tiros contra a vítima e fugindo em seguida. A ação foi coordenada: um dos criminosos deu cobertura ao comparsa, chegando a ameaçar uma terceira pessoa que estava no local com uma arma.


    Envolvimento de militares

    A apuração da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) identificou os executores como sendo dois sargentos da Polícia Militar:

    • Leneker Breno Campos Ayres de Oliveira
    • Tiago Lemes de Oliveira

    Ambos estão presos no Batalhão Anhanguera. A defesa dos suspeitos não foi localizada pela reportagem original.


    Logística e fuga planejada

    Além dos militares, a polícia prendeu o empresário e ex-integrante do Exército, José Antônio Moreira dos Santos. Ele é suspeito de fornecer todo o suporte logístico. Investigações apontam que José Antônio esteve na pastelaria 20 minutos antes do crime, comprando água e cerveja para confirmar a presença da vítima, o que reforça a tese de crime de mando.

    Após a execução, a fuga seguiu um roteiro detalhado:


    1. Os executores fugiram para o Setor Village Campos Verdes.
    2. Esconderam-se em uma área de mata por cerca de 25 minutos.
    3. Foram resgatados em uma caminhonete de uma empresa ligada a José Antônio.
    4. Foram levados para uma residência no Setor Santa Genoveva, usada como base de apoio.

    Um quarto suspeito, Cleyton Souza Lima, também foi detido. Todos passaram por audiência de custódia e permanecem presos.


    O que dizem os citados

    Em depoimento, o coronel Alessandro Regys negou as ameaças ao empresário.

    A Polícia Militar de Goiás (PMGO) se manifestou oficialmente. Em nota, a corporação afirmou que "a Corregedoria acompanhou integralmente o cumprimento dos mandados judiciais relacionados à investigação conduzida pela Polícia Civil que envolve militares da Corporação".

    Ainda segundo o comunicado, "a instituição permanece à disposição das autoridades competentes, colaborando com todos os procedimentos investigativos". 

    A PMGO reforçou também que os processos de promoção seguem estritamente os critérios legais e que mantém compromisso com a ética, não tolerando condutas que se afastem dos princípios institucionais.




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