Afinal, sentar em assentos de banheiros públicos é perigoso? Confira a resposta de especialista


Afinal, sentar em assentos de banheiros públicos é perigoso? Confira a resposta de especialista Reprodução

Se você é pai, mãe ou convive com uma condição crônica de saúde que exige idas rápidas ou constantes ao banheiro, provavelmente já sabe onde ficam os banheiros públicos mais aceitáveis da sua região.

Mas, em certas situações, não há opção: é preciso usar um vaso sanitário que parece não ter sido higienizado há dias. Você encara e se senta?

E se o assento aparentar estar limpo: ainda assim surge a dúvida se ele pode transmitir doenças.

O que existe em um banheiro público?

Adultos saudáveis eliminam diariamente mais de um litro de urina e mais de 100 gramas de fezes. Junto com isso, bactérias e vírus são expelidos e acabam dentro do vaso sanitário.

Pessoas com diarreia, por exemplo, liberam ainda mais microrganismos nocivos ao usar o banheiro.

Banheiros públicos acabam funcionando como uma “sopa de micróbios”, principalmente quando são muito frequentados e a limpeza não ocorre com a regularidade necessária.

Quais germes podem estar nos assentos?

Diversos microrganismos já foram detectados em assentos de vasos sanitários e superfícies próximas, entre eles:



  • Bactérias intestinais, como E. coli, Klebsiella e Enterococcus, além de vírus como norovírus e rotavírus, que podem provocar gastroenterite, vômito e diarreia.




  • Bactérias da pele, incluindo Staphylococcus aureus, até em versões resistentes a antibióticos, além de Pseudomonas e Acinetobacter, causadoras de infecções.




  • Ovos de parasitas e protozoários, que podem provocar dores abdominais.




  • Biofilmes, uma mistura de germes acumulada sob as bordas dos vasos e em superfícies.



O assento é a parte mais suja?

Na realidade, não. Pesquisas mostram que assentos de banheiros têm menos micróbios do que superfícies muito tocadas, como maçanetas, torneiras e alavancas de descarga.

Em locais movimentados, esses banheiros podem receber centenas ou milhares de usuários por semana. Alguns têm limpeza regular, outros, como em parques ou rodoviárias, podem ser higienizados apenas uma vez ao dia ou menos. Cheiros fortes, pisos encardidos e sujeira visível são sinais de alerta.

O maior risco não está só em sentar, mas no momento da descarga. Sem tampa, o vaso lança uma “pluma sanitária”, com gotículas que podem carregar germes e viajar até 2 metros de distância.

Secadores de mãos também espalham microrganismos se as pessoas não lavam as mãos corretamente. Em vez de apenas secar, podem espalhar germes pelo ambiente.

Como os germes se espalham?



  • Contato direto com a pele, principalmente em cortes ou feridas.




  • Toque no rosto ou em alimentos antes de lavar as mãos.




  • Inalação de partículas em banheiros lotados.




  • Respingo de água contaminada após descargas.



Como se proteger?



  • Use protetores de assento ou forre com papel higiênico.




  • Se houver tampa, feche antes da descarga e higienize-a antes de usar.




  • Lave as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos.




  • Tenha álcool em gel ou lenços antibacterianos à disposição.




  • Prefira toalhas de papel no lugar de secadores de ar.




  • Evite levar o celular para dentro do banheiro e higienize-o com frequência.




  • Limpe áreas de troca de fraldas antes e depois do uso.



É seguro sentar no assento do banheiro público?

Para pessoas saudáveis, sim — o risco é considerado baixo. Ainda assim, usar lenços desinfetantes ou capas pode trazer tranquilidade.

O principal perigo não vem do assento, mas das mãos sujas, maçanetas, respingos da descarga e uso de celulares dentro do banheiro.

A atenção deve estar voltada a práticas de higiene: lavar as mãos, usar toalhas de papel, limpar o assento quando necessário e manter o celular higienizado.

E nunca fique agachado sobre o vaso: isso prejudica o assoalho pélvico, dificulta o esvaziamento completo da bexiga e aumenta o risco de respingos.





















Lotti Tajouri é professor associado de Genômica e Biologia Molecular; Ciências Biomédicas na Universidade Bond.




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