Quaest: Lula lidera o 1º turno; Flávio desponta como principal nome da direita e Caiado chega a 4%
reprodução Pesquisa Genial/Quaest mostra presidente à frente em todos os cenários e dificuldade do governador de Goiás em romper a barreira regional
A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira (16) sobre a disputa presidencial no primeiro turno indica que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança em todos os cenários testados. No campo da direita, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) aparece como o nome mais competitivo, enquanto o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), registra desempenho limitado, oscilando entre 1% e 4% das intenções de voto, a depender da simulação.
Nos cenários estimulados, Lula varia entre 34% e 41%, mantendo vantagem confortável sobre os adversários. Flávio Bolsonaro ocupa a segunda colocação na maioria das simulações, com percentuais que vão de 21% a 27%, à frente de outros nomes da direita.
No cenário em que concorre diretamente com Lula e Flávio Bolsonaro, Caiado atinge 4%, ficando atrás dos principais nomes da disputa e distante da faixa de dois dígitos. Em outras simulações, sua pontuação recua para 3%, 2% ou até 1%, indicando baixa capilaridade eleitoral fora do eixo regional.
Os números contrastam com a força política que Caiado mantém em Goiás, onde exerce o segundo mandato como governador e é frequentemente citado como liderança influente do Centro-Oeste. A pesquisa sugere, no entanto, que essa base ainda não se converte em intenção de voto nacional, especialmente em um cenário marcado pela polarização entre Lula e o bolsonarismo.
Enquanto Lula lidera todos os cenários e Flávio Bolsonaro se consolida como principal nome do campo bolsonarista, Caiado permanece em um patamar residual, disputando espaço com candidatos de menor visibilidade nacional.
Para o eleitor goiano, os dados funcionam como um alerta: o governador ainda não conseguiu romper a bolha regional nem se apresentar como alternativa viável no tabuleiro nacional. A política presidencial exige mais do que gestão bem avaliada no âmbito estadual — demanda narrativa, alianças e alcance nacional, elementos que, segundo a pesquisa, ainda estão em processo de construção.