MPGO/Gaeco deflagra Operação Vigília contra integrantes do PCC em unidades prisionais de Goiás

O Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Entorno do Distrito Federal (Gaeco Entorno), e em conjunto com a Diretoria-Geral de Polícia Penal do Estado de Goiás (DGPP), deflagrou na manhã desta quarta-feira (22/10) a Operação Vigília contra integrantes do Primeiro Comando da Capital.
A pedido do MPGO, a 1ª Vara de Garantias de Goiânia expediu 13 mandados de busca e apreensão, cumpridos conjuntamente com a DGPP nas unidades prisionais de Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, Formosa, Alexânia e Rio Verde, bem como no complexo da Papuda, com apoio do Gaeco do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF/Decor).
Entenda o caso
A investigação teve origem a partir de provas e indícios colhidos nas Operações Sintonia e Sintonia do Entorno, deflagradas anteriormente pelo Gaeco do MPGO contra a facção. Apurou-se que integrantes da organização criminosa, mesmo após serem recolhidos nos presídios, continuavam articulando para cooptar novos integrantes, buscando expandir o controle das organizações por meio de envio de comandos para criminosos fora do presídio fazendo-se passar por visitantes e outros meios conforme já apurados em outras operações do Gaeco, cometendo, direta ou indiretamente, crimes como tráfico de drogas, homicídios e estelionatos. O monitoramento intenso dos presídios goianos e a integração entre as instituições de segurança no Estado resultaram na operação de hoje.
O Gaeco aponta que o Estado de Goiás, por sua localização estratégica, é território de interesse para a expansão dos negócios do PCC, notadamente por encontrar-se na chamada Rota Caipira, região em que parte da droga trazida de países como Paraguai, Peru e Bolívia é distribuída para outros locais do Brasil e, também, para outros continentes como Europa e Ásia, o que reforça o interesse de expansão da facção na região.
Promotoras e promotores do Gaeco ressaltam que o permanente estado de atenção, articulação institucional e vigilância é necessário para proteger a sociedade e é indispensável para enfrentar de forma eficaz esse tipo de criminalidade, dissuadindo a atuação da organização criminosa em solo goiano.