USP cai para segundo lugar em ranking de melhores universidades da América Latina

Folha de S. Paulo
USP cai para segundo lugar em ranking de melhores universidades da América Latina Fachada da Reitoria da USP (Universidade de São Paulo), na Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo - Pedro Affonso - 31.out.24/Folhapress

A USP (Universidade de São Paulo) perdeu o posto de melhor universidade da América Latina e do Caribe, de acordo com o 15° ranking QS (Quacquarelli Symonds) 2026, divulgado nesta quarta-feira (1º).

Após dois anos consecutivos na liderança, a instituição paulista caiu para a segunda posição, sendo superada pela Pontifícia Universidade Católica do Chile (UC), que agora reassume o posto de primeiro lugar.

Apesar da perda da liderança da USP, o Brasil manteve presença entre as dez melhores colocadas do ranking. A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) aparece na terceira posição, enquanto a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) na quinta colocação, mesmas colocações do levantamento anterior.

A Unesp (Universidade Estadual Paulista) subiu e agora aparece na sexta colocação, duas posições à frente em relação ao ranking 2025.

Segundo o relatório da QS, responsável pelo levantamento, o Brasil continua sendo o país mais representado no ranking, com 130 universidades, quase o dobro do número apresentado por México e Colômbia, que contam com 67 instituições cada.

O vice-presidente sênior da QS, Ben Sowter, afirma que o alto número de instituições brasileiras no ranking mostra o desempenho e a produtividade em pesquisa das universidades brasileiras, além da "força motriz na definição do futuro do ensino superior em toda a região".

"Nos últimos anos, o sistema de ensino superior do Brasil fez avanços importantes em inclusão, acesso e reforma de políticas, enquanto enfrentava desafios persistentes em taxas de conclusão e qualidade", explica Sowter.

Além disso, as universidades brasileiras também se destacam em outros critérios do ranking. No critério de reputação acadêmica, o país conta com três universidades (USP, Unicamp e UFRJ) entre as dez melhores nesse indicador.

No critério de pesquisa, o país conta com cinco universidades entre as dez melhores da região em Rede Internacional de Pesquisa e Citações Por Artigo (CPP). No caso de Artigos Por Docente (PPF), o Brasil conta com sete instituições entre as dez melhores.

Além disso, a USP segue como uma das principais instituições de pesquisa da América Latina, liderando critérios, como o de Artigos Por Docente (PPF) e o de Rede Internacional de Pesquisa (IRN), que avaliam respectivamente a produtividade acadêmica individual e a capacidade de colaboração.

Para Ben Sowter, da QS, a busca do fortalecimento da colaboração internacional e doméstica com iniciativas, como a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), explica o bom posicionamento do Brasil neste indicador.

"Ao vincular a cooperação Norte-Sul e Sul-Sul, o Capes posiciona o Brasil para aprimorar a formação de pós-graduação, atrair talentos e fortalecer seu papel na produção global de conhecimento", afirma Sowter.

No entanto, segundo o ranking, o Brasil está entre os 16 países da região que registraram queda de posição de suas instituições.

Das universidades brasileiras listadas, 41% (39) caíram de posição, 29% (28) subiram e 30% (29) permaneceram estáveis em relação ao último levantamento. Apesar disso, o recuo do Brasil foi o menor entre os 16 países que registraram queda, com uma variação de -11%.

A 15ª edição do ranking QS América Latina e Caribe conta com critérios de formação dos docentes e da publicação científica, além de outros, como pesquisa e reputação como empregador.





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