Agro aposta em criptomoedas para driblar alta tributária e preservar margem

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Agro aposta em criptomoedas para driblar alta tributária e preservar margem Reprodução

O agronegócio brasileiro vive uma transformação silenciosa, porém estratégica — não no campo, mas nos bastidores financeiros. Diante da alta na carga tributária sobre instrumentos como Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em transações internacionais, produtores estão aderindo cada vez mais ao uso de criptomoedas como forma de preservar suas margens líquidas sem comprometer segurança e liquidez.

De acordo com Pompeo Scola, psicólogo, consultor em agronegócio e CEO da Cyklo Agritech Aceleradora, o uso de criptoativos no setor rural surge como uma resposta eficiente ao novo ambiente fiscal. “Nessa estrutura, plataformas digitais compram commodities prontas e pagam em reais ao produtor, realizando a liquidação com criptomoedas por meio de agentes internacionais. O produtor não assume risco cambial nem de volatilidade, e o processo ocorre com menor impacto tributário”, explica.

Com o IOF em operações internacionais atualmente em 3,5%, o uso de cripto cresceu até 20% em determinadas cadeias produtivas, impulsionado pelo desejo de eficiência tributária. Dados da Receita Federal mostram que R$ 247,8 bilhões foram movimentados em criptomoedas no Brasil entre janeiro e setembro de 2024. Já a consultoria Chainalysis projeta que o país poderá alcançar 120 milhões de usuários de criptoativos até 2030, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores mercados do mundo.

Apesar dos avanços, o movimento exige atenção crescente à conformidade regulatória. O Banco Central e a Receita Federal já monitoram as operações e exigem relatórios mensais. A expectativa é que um marco regulatório mais robusto para o setor seja consolidado até 2026, exigindo que produtores e agentes financeiros estejam preparados.

Para Scola, o uso de criptomoedas no agro não é uma tendência efêmera, mas uma ferramenta consolidada de proteção econômica frente a um cenário de maior burocracia e carga tributária. “O produtor rural brasileiro continua sendo um dos agentes mais ágeis e estratégicos do país. E agora, além de semear com precisão, ele também começa a liquidar com precisão, em tempo real, com inteligência fiscal, e com os olhos be




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