Aviões da FAB sem combustível deixam ministros na fila para voar

A penúria financeira das Forças Armadas em 2025 já é uma realidade que obriga ministros do governo Lula a encarar as dificuldades nas filas dos aeroportos brasileiros. A escassez de recursos tem afetado diretamente a frota aérea destinada a autoridades, causando transtornos nos deslocamentos oficiais pelo país.
Frota aérea no limite
Sem orçamento suficiente, a Força Aérea Brasileira (FAB) não consegue manter os dez jatos usados para transportar ministros e outras autoridades em funcionamento pleno. Segundo apurado pela coluna, apenas três dessas aeronaves estão voando regularmente, enquanto os outros sete permanecem parados na maior parte do tempo por falta de combustível e manutenção.
Prioridades na escala de voos
A legislação que regula o uso dessas aeronaves estabelece uma lista rígida de prioridades para reservar voos. Ministros das pastas da Justiça, Fazenda, Casa Civil e Defesa estão no topo da escala, garantindo acesso prioritário aos jatos. Autoridades como os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF) também possuem preferência na fila.
No entanto, ministros de outras áreas enfrentam dificuldades para conseguir reservar voos, precisando aguardar até que um avião esteja disponível — algo que tem se tornado cada vez mais raro, segundo relatos de integrantes do governo. Essa situação tem provocado insatisfação e reclamações por parte de alguns membros do Executivo.
Corte severo no orçamento da Defesa
O Ministério da Defesa foi um dos mais impactados pelos cortes no orçamento federal para ajustar as contas públicas, com um corte total de R$ 2,6 bilhões. Essa tesoura financeira atingiu diretamente a operação da FAB.
Em resposta, a Força Aérea Brasileira reconheceu que "as restrições orçamentárias ora enfrentadas impactam não apenas o reabastecimento das aeronaves, mas todo o ciclo de operação e manutenção da frota". A FAB acrescentou ainda que "esses efeitos incluem limitações na aquisição de lubrificantes, peças de reposição e na realização de reparos em motores, o que compromete a plena disponibilidade dos meios, trazendo dificuldades ao cumprimento da missão".
Homenagem a ativista indígena em São Paulo
Em outra agenda, a ativista indígena Txai Suruí, que também assina coluna na Folha, foi homenageada em evento promovido pelo embaixador do Reino dos Países Baixos no Brasil, André Driessen, na última segunda-feira (23), em São Paulo. O coquetel contou com a presença do apresentador Marcelo Tas e do líder da terra indígena Jaraguá, Thiago Karaí Djekupe.