Trump e Xi Jinping entram em cabo de guerra por controle de Brasil e América Latina

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Trump e Xi Jinping entram em cabo de guerra por controle de Brasil e América Latina Reprodução

Com rivalidades globais cada vez mais acirradas, a América Latina tem se tornado palco de uma intensa corrida por influência entre as principais potências mundiais. De acordo com documentos oficiais obtidos pelo UOL, China, Estados Unidos e União Europeia travam uma disputa estratégica sobre a região, motivados por interesses comerciais, geopolíticos e de acesso a matérias-primas. O temor de ver adversários ganharem espaço tem levado essas potências a redobrar suas apostas no continente.

O avanço chinês, em especial, tem causado inquietação entre os europeus, que admitem ter deixado escapar oportunidades importantes e agora buscam formas de recuperar terreno. Já os EUA, especialmente com a possível volta de Donald Trump, querem retomar o controle sobre o que consideram historicamente sua área de influência. Xi Jinping, por sua vez, deve receber chefes de Estado latino-americanos nas próximas semanas, reforçando sua presença no continente.

“Em apenas duas décadas, a China passou de um ator insignificante a uma força dominante na América Latina, ao lado dos EUA e da União Europeia. As previsões sugerem que, até 2035, a China poderá até mesmo ultrapassar os EUA como o parceiro comercial mais importante da América Latina”, destaca o relatório.

O mesmo documento aponta que Pequim vem estreitando laços com os países latino-americanos por meio do fórum Celac (China-Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe), fortalecendo vínculos políticos e institucionais. Xi Jinping, inclusive, visitou a região seis vezes desde 2013 — mais do que Obama, Trump e Biden juntos no mesmo período.

Durante uma dessas visitas, o presidente chinês firmou 37 acordos com o Brasil, abrangendo áreas como energia, finanças, comércio e mineração, além de atualizar o tratado de livre comércio com o Peru e participar da entrega de grandes obras de infraestrutura.

Os europeus chamam atenção para outro movimento estratégico de Pequim: a inclusão da América Latina na Iniciativa Cinturão e Rota a partir de 2018. “Um exemplo recente de investimento estratégico chinês na região é o megaporto de Chancay, no Peru, que pode ser um divisor de águas na logística do subcontinente, pois redirecionará o comércio entre a América Latina e a Ásia, contornando o Atlântico e o Canal do Panamá”, explica o documento.

Desde 2018, quase mil acordos foram firmados entre a China e países latino-americanos, com foco em facilitar investimentos, comércio e cooperação multissetorial. Para os analistas europeus, o objetivo central de Pequim é claro: “garantir seu fornecimento de matérias-primas essenciais e reforçar seu domínio global em tecnologias estratégicas e emergentes”.




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