Ministro Fux cai nas graças de bolsonaristas ao defender pena branda para ré por 8 de janeiro


Ministro Fux cai nas graças de bolsonaristas ao defender pena branda para ré por 8 de janeiro Reprodução

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou-se um herói inesperado para os bolsonaristas que apoiam uma anistia ampla e sem restrições para os golpistas envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023. Isso se deve ao voto que ele emitiu durante o julgamento da cabeleireira Débora Rodrigues, que escreveu 'perdeu, mané' na estátua do STF.

“O voto do ministro Fux é uma sinalização de que uma anistia pacificaria o país”, afirmou a a deputada federal Rosana Valle (PL-SP). “A anistia não perdeu força e não há esvaziamento do tema. O PL está em obstrução na Câmara”.

O julgamento que elevou Fux à condição de ícone entre os bolsonaristas ocorreu em 25 de abril. Após condenar Débora por pichar a estátua do Supremo, a 1ª Turma da Corte apresentou divergências quanto à dosimetria da pena. Enquanto Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino e Cármen Lúcia optaram por 14 anos de prisão, Fux sustentou uma posição isolada a favor de uma pena de um ano e seis meses.

Também houve uma terceira manifestação do ministro Cristiano Zanin, que se posicionou por 11 anos de reclusão. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi a primeira a elogiar Fux, referindo-se a ele como “uma fagulha de bom senso” dentro de um ambiente que, aos olhos dos bolsonaristas, é totalmente tomado por inimigos. “Não era o que desejávamos, mas a postura do ministro Fux —único juiz de carreira— foi mais sensata do que a de todos os outros, incluindo a de uma ministra”, disse Michelle, nas redes sociais.

Durante a sua argumentação no STF, Fux destacou que Débora não cometeu nenhum ato de invasão de propriedade e que não contou com o auxílio de qualquer organização criminosa para chegar a Brasília — a acusação da PGR alega que ela desembolsou R$ 50 para se deslocar de Paulínia (SP), sua cidade natal, até a capital do país.

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), continua a defender a anistia, mencionando a decisão do ministro. “O voto do Fux foi perfeito, ele mesmo afirma que não há nenhuma prova contra Débora”, diz. “É a farsa do pseudogolpe caindo por terra.”




Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.