Angelo Cavalcante
O desespero da direita - como Lula desafia a velha ordem política no Brasil

Esse já avançado 2025 será ano de muitas verificações, de muitas medições eleitorais; a partir do segundo semestre então, seremos - todos nós! - bombardeados com dois tipos de intervenções básicas e essenciais.
A primeira será, como sempre, uma larga, brutal e interminável onda de ataques ao Lula III.
Já vimos esse "filme" por diversas vezes... Nem novidade é!
Vão e vão e vão... atacar Lula desde o contorno da maquiagem e que dona Janja utiliza nos olhos, passando pelas políticas macroeconômicas adotadas até ao lugar do Brasil nos temas internacionais.
Vai reinar, é claro, a sabujice, o vira latismo mais vergonhoso e apodrecido e que nossas retinas irão testemunhar.
Dia desses, comecei - só comecei! - a ler um texto tendencialmente panfletário da inconfundível periodista Eliane Cantanhede em que, sem cerimônia ou recatos mínimos, denuncia Lula e sua política internacional.
O escrito é uma homenagem, uma ode, um monumento em favor de um Brasil e que não existe mais... Um Brasil retardatário, acocorado, manso, tímido e emudecido.
A triste jornalista não percebeu, não identificou ou enxergou que isso acabou!
O Brasil logrou assunção em espaços e instituições globais e que, mesmo que nossas elites degeneradas não aceitem, não tem, não terá volta!
Ora, ora... lenta e suavemente o país vai se destacando, se familiarizando, se acostumando no trato com grandes temas internacionais.
No "barril de pólvora" planetário em que o mundo está se convertendo, o Brasil ousadamente, sugere diplomacia, diálogo e acordos; na escalada armamentista, sem meios tons ou meias palavras, o Brasil denuncia os beligerantes; diante de graves questões internacionais como a fome, o fim dos climas, as migrações forçadas e o tráfico de pessoas, o país propõe ações articuladas, conjuntas e enérgicas.
Já nessa semana, todos vimos, o Brasil denunciou os Estados Unidos e citou Trump nominalmente, pelo erro capital de bombardear o Irã, aliás, país que havia aderido a todos os tratados internacionais de não-proliferação de armas nucleares.
Justamente, por isso, por esse "samba", por essa pegada, o mundo quer ouvir o Brasil.
Não há "trabalho sujo" há ser feito, não queremos as riquezas de ninguém; não almejamos impor colonos em terras alheias e o país, por fim, é orientado por grandes causas globais.
Essa é nossa diferença!
Sobre o bárbaro e vil genocídio do povo palestino e que, por sinal, segue por quase dois anos, esse presidente brasileiro e que temos, havia, bem antes, denunciado a violência desmedida e desproporcional de Israel e justamente no parlamento desse país; Lula se dirigiu ao "creme" do sionismo internacional e, sem "papas na língua", defendeu um país para os palestinos.
Pesquisem isso!
A segunda intervenção e que os "donos do poder" no Brasil irão realizar por todo esse ano e, claro, para o carbonario 2026, será a divulgação massiva, teimosa e obstinada de pesquisas eleitorais de duvidosa seriedade para, ao fim, realizarem suas vontades políticas.
O fato da pesquisa ser confiável ou não, não tem a menor importância... O que vale e importa mesmo é o continuum do status econômico brasileiro e que, desde as caravelas cabralinas, privilegia e potencializa a concentração do poder, das terras, dos seus conteúdos e das rendas.
É o que está dado e posto para os próximos doze meses!
Por sinal, alguns ensaios e levantamentos já despontam... Lula segue líder absoluto! A segunda e bem distante posição é disputada por tipos como Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas.
O governador paranaense Ratinho Júnior figura na terceira ou quarta posição. Por aí, aparece também, ora como intenção e ora como mera lembrança, o reacionário cantor sertanejo Gustavo Lima.
Na quinta/sexta marca, vai aflorando o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Este sujeito vaga, flutua entre dois e três por cento e sem efetiva margem para qualquer crescimento de real importância.
Nesse caldo de incertezas em que está afundada toda a direita brasileira, desponta um bravio e imprevisível oceano de bizarrices inimagináveis mesmo para o pandemônio e que já é a política brasileira.
Esperem pelo pior... O inferno fará seu vôo! Aguardem...