OMS alerta para aumento global da influenza e avanço da chamada “gripe K”
Recomendação da OMS é manter a vacinação contra o vírus influenza - Karime Xavier - 28.mar.25/Folhapress A OMS (Organização Mundial da Saúde) emitiu um alerta para o aumento da circulação do vírus da influenza em nível global desde outubro. A maioria dos casos diz respeito ao subclado K (J.2.4.1) da influenza A (H3N2), variante que vem sendo chamada de “gripe K”.
Segundo a organização, o crescimento coincide com o início do inverno no hemisfério norte e com a elevação das infecções respiratórias agudas causadas por vírus típicos da estação.
Devido a esse aumento, a temporada de gripe sazonal pode chegar mais cedo ao hemisfério sul — e, portanto, ao Brasil — em 2026, de acordo com alerta disparado pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde). No país, o pico de circulação dos vírus ocorre geralmente entre junho e agosto.
A OMS afirma que, em comparação com outras cepas em circulação, os dados epidemiológicos atuais não indicam aumento na gravidade da doença, embora o subtipo represente uma evolução dos vírus influenza A.
Ainda assim, temporadas dominadas pelo subtipo A (H3N2) costumam estar associadas a maior gravidade, especialmente entre idosos.
Principais sintomas
Os principais sintomas da gripe K são os mesmos de uma gripe comum:
Febre alta (acima de 38°C)
Calafrios
Dor de cabeça
Dores musculares e nas articulações
Cansaço intenso e prostração
Tosse seca
Dor de garganta
Coriza ou nariz entupido
Mal-estar geral
Segundo o Ministério da Saúde, o quadro pode variar conforme a faixa etária.
Crianças: a temperatura corporal pode ficar muito alta; podem surgir “caroços” no pescoço (linfonodos), problemas pulmonares como bronquite ou bronquiolite e sintomas gastrointestinais.
Idosos: quase sempre apresentam febre, às vezes sem outros sintomas; geralmente a temperatura não atinge níveis tão elevados.
Vacinação
A OMS reforça que a vacinação continua sendo essencial para prevenir formas mais graves da gripe, especialmente entre grupos de risco.
No início de dezembro, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) definiu as cepas que irão compor as vacinas contra influenza no Brasil em 2026, incluindo o subtipo A (H3N2).
No SUS (Sistema Único de Saúde), a vacina contra a gripe é destinada prioritariamente aos grupos mais vulneráveis, como crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos.
Também têm direito à vacinação gratuita trabalhadores da saúde, puérperas, professores dos ensinos básico e superior, povos indígenas, pessoas em situação de rua e pessoas com doenças crônicas ou deficiência permanente.