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Estado de Goiás,24/10/2025

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    Trégua no tarifaço e novas exceções: as propostas que Lula deve levar a Trump na Ásia

    O Globo
    Trégua no tarifaço e novas exceções: as propostas que Lula deve levar a Trump na Ásia Arte/Reprodução

    O presidente Lula deve levar a Donald Trump duas propostas para lidar com o tarifaço imposto pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros no curto prazo. A primeira é a de que seja aberta uma trégua – também chamada de uma transição – na taxação de 50% enquanto durarem as negociações entre os dois países. Nesse caso, a taxa voltaria aos 10% que vinham valendo desde março. A segunda proposta é a implantação de mais uma leva de exceções ao tarifaço, em que estariam a carne e o café.

    Esses vêm sendo os termos das conversas prévias ao encontro mantidas entre as equipes dos dois governos, de acordo com informes feitos por interlocutores do Itamaraty a lideranças empresariais ouvidas pela equipe da coluna.

    De acordo com esses empresários, que também acompanham a evolução da situação pelo lado americano, por meio de lobistas e advogados contratados para atuar em Washington D.C., as duas propostas poderiam ser implementadas já a partir do encontro de domingo, caso a conversa entre Lula e Trump realmente produza algum avanço.

    No momento, porém, nenhum dos envolvidos na administração da crise entre os dois países – nem os diplomatas e nem os lobistas – é capaz de arriscar o que sairá dessas conversas. Até porque parte da pauta a ser discutida pelos dois presidentes é política e não comercial. Sabe-se que Lula colocará à mesa a questão das sanções a autoridades brasileiras. E há uma chance de que Trump traga para a discussão o conflito dos EUA com a Venezuela e até a proposta brasileira de criar uma moeda comum aos países dos Brics, o bloco de nações em desenvolvimento, para substituir o dólar.

    Por isso, as falas recentes de Lula na Indonésia, propondo que cada país use suas próprias moedas nas transações comerciais, provocaram grande apreensão entre os empresários atingidos pelo tarifaço. Eles temem que a declaração possa ser usada pelo governo americano para evitar ou postergar o alívio nas medidas restritivas aos produtos.

    “Isso aí atrapalha. A gente não entende por que ele fica tocando nesse assunto o tempo todo. Porque quem escolhe a moeda não é o Estado. Não é o governo brasileiro, o da China ou o da Malásia. Quem escolhe a moeda é o exportador. Então, se eu for fazer uma venda para a Indonésia ou para a Malásia, eu não vou querer o dinheiro deles. Imagina! Eu vou querer dólar. Então não tem por que ficar insistindo nesse assunto.”

    De seu lado, Trump também fez declarações sobre o tarifaço que despertaram preocupação entre os empresários. Em um post em sua rede social, o presidente dos EUA disse que os pecuaristas americanos "estão indo bem" porque impôs tarifas sobre o gado de outros países que é importado aos Estados Unidos, caso do Brasil.

    Foi uma resposta às críticas de pecuaristas americanos ao plano do presidente para reduzir os preços recordes da carne bovina aumentando a importação da Argentina.




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