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Estado de Goiás,24/10/2025

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    Maior site pornô do Reino Unido tem queda de 75% na audiência após regra de verificação de idade

    Folha de S. Paulo
    Maior site pornô do Reino Unido tem queda de 75% na audiência após regra de verificação de idade Montagem em alusão a novas regras contra sites pornôs - Lionel Bonaventure/AFP

    O número de acessos a sites pornográficos no Reino Unido caíram quase um terço desde que o país introduziu novas regras de verificação de idade em julho, segundo dados oficiais de monitoramento da agência reguladora Ofcom.

    Alguns sites sofreram quedas ainda mais acentuadas. A Aylo, proprietária de sites adultos como o Pornhub, informou ao Financial Times que o tráfego para o site caiu mais de 75% desde julho.

    O governo implementou requisitos rigorosos para sites adultos em julho, exigindo que verifiquem a idade de todos os usuários do Reino Unido para impedir que crianças acessem conteúdo pornográfico.

    O Pornhub é o site pornô mais visitado no Reino Unido, segundo a agência reguladora de comunicações, e a empresa utiliza uma combinação de mensagens de texto e emails para verificar a idade de seus visitantes, enquanto concorrentes adotaram escaneamento facial ou verificação de cartão de crédito.

    Já o tráfego para o serviço caiu 77% no Reino Unido com a introdução das novas regras na Lei de Segurança Online, de acordo com Alex Kekesi, chefe de comunidade e marca da Aylo. "Ficamos sinceramente chocados", disse Kekesi.

    Houve também um aumento acentuado no número de pessoas no Reino Unido usando redes privadas virtuais (VPNs), que disfarçam a localização do usuário, permitindo que contornem a necessidade de verificação.

    Mas Kekesi disse que a Aylo, uma empresa canadense, não observou um aumento correspondente no tráfego no exterior impulsionado por britânicos que estariam usando VPNs para assistir aos vídeos. "Não vimos algum local que surpreendeu com tráfego extremamente alto", destacou.

    A Ofcom identificou um aumento inicial no uso de VPN após julho, com usuários ativos diários desses aplicativos de conexão no Reino Unido temporariamente dobrando para cerca de 1,5 milhão. No entanto, esse número caiu para cerca de 1 milhão até o final de setembro.

    A Aylo reuniu-se com autoridades do governo britânico nesta semana para argumentar que a lei não está funcionando adequadamente porque alguns usuários estão migrando para outros sites, que não cumpriram os requisitos de verificação e podem ser facilmente encontrados através de sites de busca.

    Kekesi apontou para dados de tráfego web mostrando um aumento acentuado nas visitas a sites adultos que não implementaram as verificações de idade exigidas. Esses sites também tinham maior probabilidade de hospedar conteúdo extremo, afirmou.

    "Perdemos o tráfego, mas estas não são pessoas que pararam de ver pornografia da noite para o dia. Elas estão apenas indo para outros sites", avaliou Kekesi. "E o grande problema é que nós nos esforçamos para garantir que o conteúdo em nossas plataformas seja compatível, legal e consensual. Isso certamente não é o caso nessas outras plataformas", afirmou, sem citar os nomes de quem estaria burlando a lei.

    A Ofcom informou que os 10 sites mais populares, representando um quarto de todas as visitas a sites adultos em todo o Reino Unido, implementaram verificações de idade. Mais de três quartos do tráfego diário para os 100 sites adultos mais populares está sujeito à verificação de idade, acrescentou.

    "Até agora, crianças podiam facilmente encontrar pornografia sem procurar por ela. Os serviços adultos foram bem preparados para suas novas obrigações através de ampla consulta, e as regras são claras sobre o que é exigido. Sites que não cumprem e colocam crianças em risco podem esperar enfrentar ações de fiscalização", disse a Ofcom.

    A Aylo quer que as regras sejam reforçadas para verificar as idades daqueles que acessam conteúdo adulto no nível do dispositivo ou sistema operacional, com filtros de pesquisa segura ativados por padrão, em vez de depender de sites individuais.

    Kekesi disse que as pessoas estariam mais propensas a compartilhar seus dados com empresas como Apple, Google ou Microsoft do que com um site de conteúdo adulto.

    Desde a introdução das regras, a Ofcom lançou um programa de monitoramento e impacto, e até agora abriu investigações sobre 62 serviços por potencial falha em cumprir seus requisitos sob a lei.

    "Proteger crianças online é uma prioridade máxima para o governo. A Ofcom está investigando várias empresas que operam sites pornográficos que potencialmente não estão em conformidade com esses novos requisitos", disse um porta-voz do governo.




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