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Estado de Goiás,22/10/2025

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    Pesquisadores brasileiros criam teste rápido para bebidas adulteradas

    Agência Brasil
    Pesquisadores brasileiros criam teste rápido para bebidas adulteradas Reprodução


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    Pesquisadores do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) criaram um dispositivo inovador capaz de detectar metanol em bebidas alcoólicas adulteradas. O equipamento, um nariz eletrônico, identifica a presença da substância tóxica utilizando apenas uma gota da bebida. A tecnologia analisa os odores e detecta alterações em relação ao aroma original, oferecendo uma solução eficaz em meio ao aumento de casos de intoxicação por metanol.




    "O nariz eletrônico transforma aromas em dados. Esses dados alimentam a inteligência artificial que aprende a reconhecer a assinatura do cheiro de cada amostra", explica o professor Leandro Almeida, do Centro de Informática.

      A máquina é inicialmente calibrada com amostras de bebidas comprovadamente autênticas, permitindo que ela aprenda a identificá-las. Em seguida, são introduzidas versões adulteradas para análise. A leitura dos aromas é feita pelo equipamento em até 60 segundos. Ele detecta não só a presença de metanol como de qualquer outro tipo de adulteração, como por exemplo, bebidas diluídas em água. Os pesquisadores prometem uma margem de segurança de 98%



      Outros usos



      A  tecnologia foi desenvolvida inicialmente para ser setor de petróleo e gás, como explica Leandro: "Na verdade, essa pesquisa começou há 10 anos para avaliar o odorizante do gás natural". O odorizante é o cheiro adicionado ao gás de cozinha para detectar vazamentos. 



      O nariz eletrônico também pode identificar adulterações em alimentos ou mesmo para uso em hospitais para identificar, pelo cheiro, a presença de micro-organismos.




      "Você pode falar de, por exemplo, a qualidade de um café,  a qualidade de um pescado, de uma carne vermelha, carne branca, peixe, pescados", explica Leandro.




      Ele lembra, por exemplo, que a indústria de alimentos tem usado para verificar a qualidade do óleo de soja para produção de margarina.



      O grupo de pesquisa também pensa em caminhos para viabilizar o uso da tecnologia no setor de bares, restaurantes e adegas. Umas das possiblidades é disponibilizar equipamentos para os donos dos estabelecimentos que revendem a bebida por meio de tótens acessíveis aos clientes. Outra ideia é produzir equipamentos portáteis para que a empresa que fabrica a bebida verifique, ela própria, se o produto oferecida nos estabelecimentos é realmente verdadeiro. 



      Leandro cogita ainda um produto desenvolvido para ser usado pelo próprio consumidor: "Nós já temos o desenho de uma canetinha para o cliente final. Para que ele mesmo consultar a sua bebida ou alimento".



      Por enquanto, a versão etílica do nariz eletrônico só foi testada em laboratório. Antes de ser comercializada, ela também precisa ser testada em ambiente real. Para tornar a tecnologia acessível estima-se que seria necessário um investimento de cerca de R$ 10 milhões. 



      Rec’N’Play 



      O nariz eletrônico foi apresentado na Rec’n’Play 2025, o festival de inovação e tecnologia que começou na quarta-feira (15) e termina nesse sábado, no Porto Digital, em Recife. 







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