Prefeito Sandro Mabel presta contas do 2º quadrimestre à Câmara

Câmara municipal de Goiânia
Prefeito Sandro Mabel presta contas do 2º quadrimestre à Câmara reprodução

O prefeito Sandro Mabel (União Brasil) prestou contas de sua gestão, nesta quinta-feira (2), à Comissão Mista da Câmara de Goiânia. Os dados apresentados referem-se ao segundo quadrimestre de 2025. Mabel estava acompanhado pelo secretário da Fazenda, Valdivino de Oliveira, e por outros secretários municipais.

Aos vereadores, o prefeito informou que a receita total arrecadada no período foi de R$ 6.647.750.072,00 – crescimento de 12,08% em relação ao segundo quadrimestre de 2024. O crescimento real, descontada a inflação, ficou em 6,61%.

As receitas provenientes de impostos e de taxas alcançaram o patamar de R$ 2,68 bilhões – os tributos com maior arrecadação foram o Imposto sobre Serviços (ISS), com R$ 970 milhões; e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), com R$ 921 milhões.

Com relação à despesa total liquidada no primeiro quadrimestre de 2025, houve queda de 5,99% em relação ao mesmo período de 2024. Descontada a inflação, a queda ficou em 10,57%, fechando o quadrimestre em R$ 5.904.849.244,00. Já a despesa com pessoal totalizou cerca de R$ 3 bilhões.

Educação e saúde

Na área da saúde, foram aplicados 20,76% da receita corrente líquida – acima do mínimo exigido (15%). Na área de educação, porém, a aplicação de 20,06% ficou abaixo do mínimo constitucional (25%).

Segundo Mabel, R$ 89 milhões – oriundos do Tesouro Municipal – foram repassados para a educação. O prefeito também destacou o aumento na remuneração dos professores, com implementação do piso salarial no valor de R$ 4.867,77; e bônus de R$ 850 para seis mil servidores administrativos. Além disso, 783 aparelhos de ar-condicionado foram instalados em escolas municipais.

Em relação à saúde, Mabel mencionou melhorias no modelo de gestão das maternidades públicas, com implantação de atendimento pediátrico 24 horas em todas as urgências.


"O Samu conta agora com 22 novas ambulâncias; quando nós pegamos a Prefeitura eram quatro", afirmou.


Alagamentos e limpeza urbana

Sobre os últimos alagamentos ocorridos na cidade, devido às fortes chuvas em setembro, Mabel anunciou planejamento para modificação estrutural da Marginal Botafogo, que apresenta sinais de desmoronamento em vários pontos.


“Faremos quatro piscinões para represar água, a fim de evitar o transbordamento do córrego”, explicou.


O prefeito citou ainda o mapeamento de 119 pontos de alagamentos e a limpeza de mais de 15 mil bueiros, com utilização de máquinas e de robôs.


“Vamos investir R$ 23 milhões em obras de drenagem na cidade, especialmente na Marginal Cascavel, que é uma importante via arterial”, declarou.


Na área de limpeza urbana, Mabel afirmou que 1,1 milhão de toneladas de lixo e de entulhos foram recolhidos de vias públicas pela Comurg, pela Seinfra e pelo Consórcio Limpa Gyn.

Trânsito e iluminação

Como iniciativa para melhorar a fluidez no trânsito, o prefeito mencionou a metronização do transporte coletivo – permissão para circulação de ônibus na mesma velocidade de metrôs.


“Antes, os ônibus andavam a 14 quilômetros por hora; agora, estão a 23 quilômetros por hora”, disse.


Mabel também destacou o impacto positivo da liberação de faixas à direita em mais de 70 cruzamentos – medida que, segundo ele, reduziu pela metade o tempo de deslocamento nas principais avenidas de Goiânia.

Em relação ao asfaltamento de ruas, o chefe do Executivo citou que mais de 93 quilômetros já foram pavimentados ou revitalizados.

Já na iluminação pública, de acordo com o prefeito, o consórcio Brilha Goiânia instalou 120 mil lâmpadas LED em 647 bairros.


“Economia de R$ 40 milhões por ano”, comemorou.


Sandro Mabel apresentou dados de pesquisa de percepção que apontam satisfação dos goianienses em relação às melhorias realizadas.

Dívidas

O prefeito informou que, no início de sua gestão, recebeu relatório da comissão de transição do Governo, apontando dívida de R$ 3,4 bilhões. Segundo ele, a Prefeitura negocia com bancos e com fornecedores para quitar os débitos.

Vereadores

Antes dos questionamentos de vereadores, Mabel deixou o Plenário. As respostas ficaram a cargo do secretário da Fazenda.

A vereadora Aava Santiago (PSDB) criticou a existência de calamidade pública no Município, já que há registro de superávit financeiro.


"Ou tem calamidade ou tem superávit. Calamidade é incompatível com superávit registrado em dois quadrimestres consecutivos e com arrecadação maior do que no ano anterior. Isso reforça a tese de calamidade sazonal", afirmou.


Ao rebater as críticas, o líder do prefeito na Câmara explicou que o decreto de calamidade representa um dos fatores para obtenção de superávit no segundo quadrimestre.


"O decreto de calamidade auxiliou no processo para se chegar ao superávit. As contas da Prefeitura, no ano passado, eram calamitosas. Portanto, esse superávit se deve também à execução orçamentária decorrente do decreto", argumentou o vereador Bessa (DC).


Já os vereadores Coronel Urzêda (PL) e Cabo Senna (PRD) reclamaram da saída de Mabel antes do fim da audiência. Urzêda disse que apresentará projeto para obrigar a presença do prefeito durante toda a prestação de contas.

Para o presidente da Câmara, vereador Romário Policarpo (PRD), não há necessidade da presença do prefeito durante toda a sessão, já que algumas questões devem ser respondidas pela área técnica da Prefeitura.



































"Não se trata de prestação de contas exclusiva do prefeito. É uma prestação de contas de fundamento técnico, e não político", afirmou.




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