Bessent reforça apoio à Argentina: 'plenamente preparados para fazer o que for necessário'

Agência O Globo
Bessent reforça apoio à Argentina: 'plenamente preparados para fazer o que for necessário' Reprodução

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, reforçou o apoio à Argentina nesta quinta-feira. Em post na rede social X, disse que os EUA estão "plenamente preparados para fazer o que for necessário" para ajudar o governo de Javier Milei. Ontem, o banco central argentino voltou a vender dólares no mercado à vista para conter a desvalorização do peso pelo terceiro dia seguido, segundo fontes.

Bessent informou que teve uma conversa muito positiva com o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, e que espera vê-lo em breve em Washington.

"Após um trabalho intenso desde o encontro do presidente Trump com o presidente Milei em Nova York, nos próximos dias espero que a equipe do ministro Caputo venha a Washington para avançarmos de forma significativa em nossas discussões sobre as opções para oferecer apoio financeiro", escreveu no tuíte.

Ele disse ainda que, durante as discussões de ontem com ministros das Finanças do G7 (grupo das sete maiores economias do mundo), enfatizou "a importância do sucesso das políticas econômicas do presidente Milei para o povo da Argentina, para a região e para o G7".

"O Departamento do Tesouro dos EUA está totalmente preparado para fazer o que for necessário, e continuaremos acompanhando de perto os desdobramentos", afirmou

Bessent também esclareceu em entrevista à TV americana CNBC que seu país "não está colocando dinheiro na Argentina e sim trabalhando em uma linha de swap". A afirmação foi uma resposta a uma pergunta sobre por que usaria dinheiro público para ajudar financeiramente um país aliado.

— A Argentina é um farol na América Latina. Muitos governos na região se moveram para a esquerda. A Argentina tem 100 anos de declínio, o presidente Milei está lutando contra a história e está fazendo um trabalho fantástico — disse.

O secretário também reforçou o apoio ao partido de Milei nas eleições legislativas deste mês.

— Tenho certeza de que, quando virmos as eleições neste mês, o partido do governo se sairá bem. É encorajador ver na Argentina que os jovens decidiram não empobrecer o país — afirmou à CNBC.

Caputo respondeu a Bessent em um post: "trabalhando duro para finalizar o que foi anunciado na semana passada pelo secretário do Tesouro (dos EUA)".

Na semana passada, Bessent havia colocado sobre a mesa diferentes alternativas para ajudar a Argentina, entre elas uma linha de swap de US$ 20 bilhões com o banco central.

No entanto, após o anúncio, o governo de Trump recebeu críticas por usar recursos dos Estados Unidos para apoiar outro país. Senadores democratas americanos escreveram uma carta ao presidente dos EUA pedindo que "interrompa imediatamente qualquer plano de oferecer assistência financeira à Argentina".

Há forte oposição à ajuda americana à Argentina também dos produtores de soja americanos. Eles foram excluídos de seu maior mercado de exportação — a China — devido às tensões comerciais, e seus concorrentes argentinos têm ocupado esse espaço.

O governo da Argentina vendeu mais de US$ 450 milhões ontem, limitando a desvalorização do peso a 3,1% em relação ao dólar. O banco central foi identificado como o vendedor, mas ele frequentemente atua como agente financeiro do Tesouro no mercado de moeda local, disseram fontes à Bloomberg.




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