Guerra comercial alivia inflação no Brasil, avaliam economistas ouvidos pelo BC

A maioria dos economistas consultados pelo Banco Central antes da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) avalia que a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos tende a ter efeito desinflacionário no Brasil. A percepção é de que o tarifaço norte-americano deve aliviar a pressão sobre os preços internos, especialmente pela redução da demanda global por alguns produtos.
Projeções recentes da área econômica do governo apontam que o impacto direto sobre o PIB brasileiro deve ser modesto, em torno de 0,2 ponto percentual entre o fim de 2025 e 2026. Ainda assim, o conflito comercial aumenta a incerteza para investimentos e pode afetar setores exportadores.
Nas expectativas de mercado, houve leve recuo nas projeções de inflação para 2025, passando de 4,85% para 4,83%. O cenário reforça a avaliação de que o choque externo, apesar de negativo para o crescimento, contribui para manter os preços sob maior controle no curto prazo.