Governo tenta minimizar saída de União Brasil e busca reforçar aliança direta com Alcolumbre

Folha de S. Paulo
Governo tenta minimizar saída de União Brasil e busca reforçar aliança direta com Alcolumbre Reprodução

Assessores de Lula (PT) minimizaram a decisão anunciada nesta quinta-feira (18) pelo União Brasil de antecipar a saída do partido da base do governo e exigir que seus filiados entreguem em até 24 horas os cargos ocupados na gestão federal.

Na avaliação de aliados do presidente, a cúpula da legenda já vinha se afastando do governo, com sinais claros de que pretende consolidar uma aliança de direita para enfrentar Lula nas próximas eleições.

Membros do alto escalão do governo entendem que a sustentação da parceria com o União Brasil se dá, há algum tempo, pela relação com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e não pela interlocução com a direção nacional do partido.

Para esses auxiliares de Lula, a eventual saída do ministro Celso Sabino (Turismo), único filiado da sigla a comandar uma pasta, teria pouco efeito sobre essa aliança.

Além de Sabino, Alcolumbre foi responsável por indicar outros dois ministros de Lula: Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira Filho (Comunicações) — este assumiu o cargo após a exoneração do deputado Juscelino Filho (MA), acusado de corrupção pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

Como revelou o Painel, o União Brasil anunciou nesta quinta a determinação para que seus filiados antecipem a entrega dos cargos, antes prevista apenas para o final do mês.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu à medida do União Brasil de exigir a saída dos ministros em até 24 horas e rebateu as acusações feitas pela legenda de que o governo teria ligação com publicações que relacionaram o dirigente Antonio Rueda a investigações criminais.

"Repudio as acusações infundadas e levianas feitas em nota divulgada hoje pela direção do partido União Brasil. A direção do partido tem todo direito de decidir a saída de seus membros que exercem posições no governo federal", escreveu ela no X (antigo Twitter).

"Aliás, não é a primeira vez que fazem isso. O que não pode é atribuir falsamente ao governo a responsabilidade por publicações que associam dirigente do partido a investigações sobre crimes. Isso não é verdade."

A decisão do União foi motivada por reportagem publicada pelo ICL (Instituto Conhecimento Liberta) e pelo UOL, em que um piloto afirmou que Rueda seria proprietário de aviões operados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). O dirigente nega a acusação.











A legenda enxerga influência do Palácio do Planalto na publicação, já que um dos autores também apresenta um programa na TV Brasil.




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