EUA e China fecham acordo sobre TikTok, diz secretário americano

O Globo
EUA e China fecham acordo sobre TikTok, diz secretário americano Reprodução

Os EUA e a China chegaram a um acordo para manter o aplicativo TikTok operando em território americano, segundo o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent. O acerto foi feito durante o segundo dia de encontro entre representantes de Washington e Pequim, que estiveram reunidos em Madri para debater a guerra tarifária entre os dois países.

A notícia sobre o acordo envolvendo o aplicativo chinês TikTok foi adiantada pelo presidente americano Donald Trump em sua rede social Truth Social.

"Uma grade reunião de negócios entre os Estados Unidos e a China correu MUITO BEM! Será concluída em breve. Um acordo também foi fechado sobre uma certa empresa que os jovens em nosso país queriam muito salvar", disse o republicano, sem dar detalhes sobre que empresa seria essa.

Conversa entre líderes na sexta-feira
Segundo o secretário, o acordo prevê que o TikTok "passe a ser uma propriedade controlada pelos Estados Unidos", disse Bessent à imprensa em Madri.

— Não vamos falar dos termos comerciais do acordo. Isso é entre duas partes privadas, mas os termos comerciais foram acordados — acrescentou, quando perguntado sobre o algoritmo desta rede social.

Bessent disse que Trump e o presidente da China, Xi Jinping, conversariam para concluir o negócio.

— O presidente Trump e o presidente do Partido, Xi, conversarão na sexta-feira para finalizar o acordo, mas já temos uma estrutura definida para o acordo com o TikTok — afirmou Bessent.

Entenda o impasse
O TikTok é propriedade da empresa chinesa de internet ByteDance. Ainda no governo de Joe Biden, os EUA deram um ultimato a ByteDance, dona do TikTok, para se retirar dos EUA ou vender o controle de seu braço no país para uma companhia não chinesa.

A preocupação de Washington era que os dados de cidadãos americanos coletados pelo aplicativo pudessem ser compartilhados com o governo chinês, o que violaria a lei de segurança nacional. Por isso, uma lei federal exigia a venda ou a proibição da rede social. Ela deveria entrar em vigor um dia antes da posse de Trump, em 20 de janeiro.

Mas o prazo para um acordo sobre a situação do app chinês foi renovado várias vezes. A última renovação venceria nesta semana. Em junho, Trump chegou a afirmar, em entrevista à Fox, ter identificado um comprador para as operações do TikTok nos Estados Unidos, sem fornecer detalhes.

O encontro entre Bessent, o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, e outros representantes dos dois países teve como foco principal as medidas protecionistas adotadas pelas duas maiores potências econômicas mundiais.

No ponto mais extremo da guerra tarifária, Washington chegou a impor tarifas de importação de 145% sobre produtos chineses, e Pequim impôs taxas de 125% sobre mercadorias americanas. Uma pausa dessas alíquotas, com o objetivo de negociar uma solução para o conflito, já fora acordada e terminaria em novembro.

O Representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, que esteve na reunião de Madri, indicou que há possibilidade de uma nova extensão na suspensão das tarifas quando novembro chegar.

— Estamos certamente abertos a considerar novas ações nesse sentido, caso as negociações continuem avançando positivamente — disse Greer a repórteres.




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