O ministro Alexandre de Moraes votou para condenar Jair Bolsonaro (PL) e os demais sete réus do núcleo central do julgamento da trama golpista, na Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), por todas as acusações de que são alvo.

O ministro é o relator do caso e foi o primeiro integrante do colegiado a votar, com a imputação específica contra Bolsonaro de liderar a tentativa de golpe. Se for aplicada a pena máxima, o ex-presidente poderá ser condenado a mais de 40 anos de prisão.

No momento, vota o ministro Flávio Dino. Depois dele, será a vez de Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. O julgamento deve ter previsão de se estender por quarta-feira (10), quinta (11) e sexta (12).

Também são réus no processo Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI); Mauro Cid (ex-chefe da Ajudância de Ordens, que também é delator), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).

Os oito réus foram acusados pela PGR de praticar os crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Alexandre Ramagem, que é deputado federal, responde atualmente apenas por parte das acusações. Ele é réu por organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

O processo contra ele foi parcialmente paralisado por decisão da Câmara dos Deputados, e ficaram suspensas as acusações sobre atos posteriores à sua diplomação no Legislativo.