China vai investir US$ 1 bilhão na produção de combustível renovável para aviação no Brasil

Globo Rural
China vai investir US$ 1 bilhão na produção de combustível renovável para aviação no Brasil Reprodução

A China anunciou um investimento de US$ 1 bilhão no Brasil para o desenvolvimento de combustível renovável de aviação (SAF) a partir da cana-de-açúcar, além da criação de um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) focado em energia renovável. O pacote de US$ 27 bilhões foi revelado na segunda-feira (12/5) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua visita oficial a Pequim, onde participa do Fórum Empresarial Brasil-China. O investimento não se limita à infraestrutura e tecnologia, incluindo também o setor educacional, dada a necessidade de formação de profissionais para sustentar a cadeia de suprimentos.

A ApexBrasil informou que o fluxo comercial entre Brasil e China é de cerca de US$ 160 bilhões, e o Palácio do Planalto ressaltou que os encontros recentes ampliaram ainda mais os investimentos chineses no país.

Durante seu discurso de encerramento do fórum, Lula enfatizou que a relação entre Brasil e China não é apenas uma parceria comum, mas uma colaboração estratégica entre dois países comprometidos em resolver problemas históricos de empobrecimento. “A China tirou 800 milhões de pessoas da pobreza em 40 anos, assim como o Brasil, em apenas 10 anos, retirou 54 milhões da fome”, destacou Lula.

O presidente também apontou os dois países como "parceiros estratégicos" no cenário geopolítico atual, com foco na redução de barreiras comerciais e maior integração. Lula mencionou que há esforços para aumentar o fluxo de turistas, incluindo novas conexões aéreas.

Lula também abordou projetos que já estão dando frutos, como a parceria entre Dataprev e Huawei, que gerou o Centro Virtual de Pesquisa e Desenvolvimento em Inteligência Artificial, com impacto na agricultura, saúde e segurança pública. Outras iniciativas incluem a parceria entre Telebras e Spacesail para aumentar a oferta de internet via satélites de baixa órbita.

O presidente brasileiro também destacou acordos na área da saúde, com a transferência de tecnologia para a produção de medicamentos e vacinas, e na área de energia renovável, com a cooperação entre o Senai Cimatec e a Windey para o desenvolvimento de energia solar e eólica.

Na infraestrutura, Lula enfatizou o Corredor Ferroviário Leste-Oeste, que interligará o Brasil e facilitará a integração comercial com a China.

Quanto à educação, Lula ressaltou que os avanços tecnológicos exigirão formação profissional, destacando a importância do investimento em áreas como engenharia e matemática. "Para ser competitivo no mundo digital, o Brasil precisa investir em educação", afirmou.

Por fim, o presidente comentou sobre a exportação de commodities, destacando a importância das exportações agrícolas e minerais, mas reiterando que o Brasil precisa usar esses recursos para investir em áreas como a produção de carros elétricos e inteligência artificial.




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