Novo ministro da Previdência deve enfrentar forte pressão política

Estadão
Novo ministro da Previdência deve enfrentar forte pressão política Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Wolney Queiroz, novo ministro da Previdência, e Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República Foto: Ricado Stuckert / PR

O novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz, assumiu o cargo em meio a um cenário de intensa pressão política. O parlamentar enfrentará uma série de pedidos de convocação de oposicionistas para que se explique no Congresso sobre o escândalo envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que causou descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas.

Um dos principais nomes que deve apresentar requerimentos para convocar o ministro é o senador Sérgio Moro (União-PR), membro da Comissão de Transparência, Governança e Fiscalização do Senado. O parlamentar, que tem sido um crítico da gestão anterior na pasta, afirmou que, como Queiroz era pessoa de confiança do ex-ministro Carlos Lupi, ele precisará esclarecer a omissão do ministério e se o novo titular da pasta não representa apenas a continuidade de uma administração que facilitou o "roubo aos aposentados". “Agora, Queiroz ficará sob fogo cruzado”, destacou Moro, lembrando que uma audiência com Lupi já estava marcada antes de sua saída do governo.

A pressão sobre o ministro será intensa, com parlamentares exigindo explicações sobre as medidas concretas que o governo tomará para ressarcir os aposentados e pensionistas que foram prejudicados pelos descontos indevidos. Além disso, Queiroz terá que responder sobre sua participação na reunião em que Lupi foi alertado sobre as denúncias envolvendo o INSS.

A escolha de Wolney Queiroz para o cargo de ministro da Previdência faz parte de uma estratégia do governo para garantir a fidelidade do PDT como aliado. Interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacam que Queiroz, além de ter sido o número 2 de Lupi na pasta, é considerado “muito orgânico” dentro da bancada do partido na Câmara, o que facilita o diálogo com os parlamentares que ameaçam abandonar a base aliada.





Com uma tarefa complexa pela frente, Queiroz terá que lidar com o fogo cruzado político e, ao mesmo tempo, tentar reverter a crise que envolve a pasta da Previdência, buscando uma solução que reponha a confiança dos beneficiários do INSS e da opinião pública no governo.




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