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Estado de Goiás,21/10/2025

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    Petrobras recebe licença para perfuração de poço na Foz do Amazonas

    Folha de S. Paulo
    Petrobras recebe licença para perfuração de poço na Foz do Amazonas Parque Nacional do Cabo Orange, no Amapá, durante a maré baixa; área fica na costa da região em que a Petrobras busca explorar petróleo - Lalo de Almeida/Folhapress

    A Petrobras afirmou nesta segunda-feira (20) que obteve licença para a perfuração do primeiro poço em águas profundas na bacia Foz do Amazonas, projeto que vinha sendo alvo de embate entre as áreas ambiental e energética do governo.

    A estatal falou que a perfuração "está prevista para ser iniciada imediatamente" e deve durar cinco meses. Ou seja, ocorrerá enquanto o planeta debate medidas para combater a mudança climática na COP30, em Belém — também a base das operações de perfuração.

    A conferência do clima da ONU na capital do Pará será realizada de 10 a 21 de novembro.

    "Por meio desta pesquisa exploratória, a companhia busca obter mais informações geológicas e avaliar se há petróleo e gás na área em escala econômica. Não há produção de petróleo nessa fase", afirmou a Petrobras, em nota.

    O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) ainda não se manifestou sobre a licença.

    O processo de licenciamento desse poço levou quase cinco anos, com diversos embates dentro do próprio governo. O bloco exploratório 59 da bacia Foz do Amazonas, onde o poço será perfurado, foi leiloado pelo governo em 2013.

    Nos últimos meses, além da pressão da Petrobras e de políticos da região Norte, o pedido da Petrobras passou a receber forte apoio público do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sob o argumento de que o país não pode abrir mão da receita do petróleo.

    "A conclusão desse processo, com a efetiva emissão da licença, é uma conquista da sociedade brasileira e revela o compromisso das instituições nacionais com o diálogo e com a viabilização de projetos que possam representar o desenvolvimento do país", afirmou a presidente da estatal, Magda Chambriard.

    Localizado a 175 quilômetros da costa do Amapá, o poço batizado de Morpho é a primeira tentativa para confirmar se há no Brasil reservatórios de petróleo semelhantes aos descobertos pela americana ExxonMobil na Guiana — um dos países hoje com maior taxa de crescimento na produção.

    Para o governo e a indústria do petróleo, a possibilidade de abertura de nova fronteira exploratória na região Norte é a principal aposta para manter o ritmo de produção nacional após o declínio das reservas do pré-sal, que deve começar a ocorrer no início da próxima década.

    A busca por petróleo na costa da Amazônia, por outro lado, é alvo de protestos de organizações ambientalistas ao redor do planeta, pela necessidade de redução da queima de combustíveis fósseis.

    "Esperamos obter excelentes resultados nessa pesquisa e comprovar a existência de petróleo na porção brasileira dessa nova fronteira energética mundial", disse Magda, no comunicado distribuído pela estatal.




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