Proibição de celulares nas escolas aumenta interação entre alunos e reduz pressão on-line

O Globo
Proibição de celulares nas escolas aumenta interação entre alunos e reduz pressão on-line reprodução

Um levantamento realizado por um centro de estudo de Stanford aponta que 78% dos estudantes relataram maior interação presencial com amigos após a proibição dos celulares nas escolas. Além disso, 75% disseram sentir menor pressão para estarem on-line. No entanto, a implementação ainda é um desafio no ensino médio, etapa em que 55% dos estudantes relatam que usam escondido e 47% afirmam que ignoram o banimento.

Veja alguns achados:



  • 42% dos alunos relatam menos bullying




  • 44% dos alunos relatam que se sentem entediados no recreio




  • 22% dos alunos dizem que se sentem mais ansiosos, mas 49% dos professores afirmam que sentem os alunos mais ansiosos




  • 63% dos professores relatam que o comportamento dos alunos melhorou e 74% dizem que eles têm prestado mais atenção nas aulas




  • 41% relatam menos brigas ou mensagens maldosas na internet entre os alunos



A pesquisa foi realizada pela Frente Parlamentar Mista da Educação em parceria com o Equidade.info, iniciativa do Lemann Center da Stanford Graduate School of Education.

— Proteger nossos estudantes do uso do celular em sala de aula é garantir um ambiente mais saudável e focado no aprendizado. O resultado que vemos hoje é a confirmação de que a educação precisa ser prioridade, com políticas que cuidem do presente e preparem o futuro dos nossos jovens — afirma o deputado Rafael Brito (MDB/AL), presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação.

De acordo com Claudia Costin, presidente do Equidade.info, o levantamento ressalta que houve "avanços claros" no foco e na atenção dos alunos nesse novo levantamento, especialmente nos anos iniciais, mas lembra que há "desafios maiores no ensino médio", etapa na qual a ansiedade e o tédio sem o celular são mais presentes.

— A conclusão é que a restrição foi positiva, mas sozinha não basta: as escolas precisam criar alternativas de interação e estratégias específicas para cada idade — afirmou.

Na avaliação de Guilherme Lichand, coordenador do Equidade.info e docente da Stanford Graduate School of Education responsável pela pesquisa, os dados reforçam a necessidade de estratégias diferenciadas por faixa etária. Os dados mostram que o levantamento mostra que a medida foi amplamente adotada por alunos do fundamental 1 e 2 (só 2% e 19% relatam usar o aparelho escondido), mas que a implementação ainda é um desafio no ensino médio, etapa na qual 55% admitem usar os celulares de forma escondida.









— Os resultados confirmam que a regulação do uso de celulares trouxe ganhos importantes para o aprendizado. Mais do que limitar o uso do celular, a lei abre espaço para repensarmos como a escola se conecta com os alunos. O próximo passo é garantir que a aplicação da lei seja efetiva em todas as etapas, respeitando as particularidades de cada contexto escolar. Assim conseguiremos transformar a medida em uma política duradoura, que una foco acadêmico e bem-estar dos estudantes — diz Lichand.




Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.