Goiás acelera expansão ferroviária e reforça papel logístico nacional

Jornal Opção
Goiás acelera expansão ferroviária e reforça papel logístico nacional Porto Seco Anapolis - reprodução

A consolidação de Goiás como um dos principais polos logísticos do Brasil ganhou novo impulso com a sanção da Lei nº 21.882, que institui o Sistema Ferroviário Estadual (SFE). A medida, aprovada em 2023, visa facilitar a implantação de novas ferrovias por meio de parcerias com a iniciativa privada, reduzindo a burocracia e oferecendo segurança jurídica aos investidores. O objetivo do governo estadual é ampliar a malha ferroviária goiana e integrá-la ao já consolidado Sistema Rodoviário Estadual, promovendo uma logística multimodal mais eficiente e sustentável, especialmente para setores estratégicos como o agronegócio, a mineração e a indústria.

Neste contexto, Anápolis desponta como um dos principais protagonistas da nova era logística ferroviária de Goiás. Localizada estrategicamente no entroncamento de importantes rodovias e agora também conectada a duas grandes ferrovias — a Norte-Sul e a Centro-Atlântica — a cidade se tornou um dos mais relevantes centros logísticos do Brasil. O grande diferencial é o Porto Seco Centro-Oeste, considerado um dos mais modernos e eficientes do país.

Porto Seco fortalece papel estratégico de Anápolis

O diretor de operações do Porto Seco Centro-Oeste, Everaldo Fiatkoski, afirma que a estrutura vem sendo decisiva para consolidar Anápolis como um hub logístico. “Temos duas ferrovias que chegam até o Porto Seco: a Norte-Sul, que liga o Maranhão a São Paulo, e a Ferrovia Centro-Atlântica, que interliga Goiás aos principais centros industriais do Sudeste. Isso amplia a competitividade entre os portos brasileiros e reduz os custos logísticos para o setor produtivo”, afirma.

Segundo Fiatkoski, a cidade se destaca pelo transporte de cargas conteinerizadas — que permitem o envio de uma ampla variedade de produtos. “Recebemos insumos farmacêuticos, alimentos, detergentes, grãos, bebidas e exportações em geral. A conexão ferroviária com o Porto de Santos é estratégica para o agronegócio e a indústria”, ressalta.

Além disso, a estrutura ferroviária permite substituir centenas de caminhões por composições ferroviárias. “Um trem da Norte-Sul com 116 contêineres equivale a 116 caminhões. Isso representa menos poluição, menos desgaste das estradas e mais eficiência no transporte”, reforça o diretor.

O Porto Seco também contribui para a geração de empregos diretos e indiretos, impulsionando a economia local. “A vocação logística de Anápolis está consolidada, e os investimentos em infraestrutura ferroviária trazem novas oportunidades para a cidade”, afirma Fiatkoski.

Novas conexões e planos de expansão

Com a nova legislação estadual, o governo de Goiás pretende capilarizar ainda mais a malha ferroviária. Estão em estudo trechos que poderão conectar regiões produtivas ao eixo principal da Ferrovia Norte-Sul. Municípios como Mineiros, Rio Verde, Catalão e Itumbiara estão no radar, mas Anápolis permanece como ponto de referência para integração de cargas.

Outros projetos relevantes incluem a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), atualmente em construção, e a Ferrovia Juscelino Kubitschek. Ambas têm potencial para ampliar ainda mais o papel de Goiás e, por consequência, de Anápolis, na logística nacional e internacional.

Visão de futuro

O fortalecimento do transporte ferroviário em Goiás tem apoio tanto do governo estadual quanto do federal. O Novo PAC prevê 39 projetos voltados ao setor ferroviário, muitos deles envolvendo Goiás. Além da infraestrutura de cargas, há também a expectativa de novos investimentos em transporte de passageiros, como o trem entre Luziânia e Brasília, que pode servir de modelo para outras regiões, inclusive para uma futura ligação entre Goiânia e Anápolis.

“Estamos em uma fase de transformação. Anápolis já é referência em logística e está preparada para ser protagonista nesse novo cenário ferroviário nacional”, conclui Fiatkoski.

Com essas ações, Goiás fortalece sua posição no mapa logístico brasileiro, e Anápolis, com sua estrutura consolidada e localização estratégica, se firma como a principal porta de entrada e saída da produção goiana para o mundo.




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