O Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, cumpriu uma agenda intensa em Goiânia nesta semana, dialogando com diferentes setores da economia goiana. Acompanhado do Assessor da CUT, Delúbio Soares, e do advogado Sebastião Juruna, o ministro abordou temas cruciais como a falta de mão de obra, a qualificação profissional e a formalização de trabalhadores.

Bolsa Família e jornada de trabalho

Em reunião com a diretoria da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomercio), o ministro Luiz Marinho tratou de duas pautas centrais para o setor. A primeira foi a garantia de que a proposta de redução da jornada de trabalho será amplamente negociada com todos os setores antes de qualquer implementação.

O segundo ponto, de grande relevância para os empresários, foi o esclarecimento sobre a contratação de beneficiários do Bolsa Família. Marinho dissipou uma dúvida recorrente no setor, afirmando que não há qualquer impedimento legal para contratar quem recebe o benefício.

A questão foi levantada devido à alta demanda por mão de obra no setor de serviços em Goiânia, que hoje tem um déficit de 25 mil vagas, sendo 2.500 apenas para garçons.

"Com Bolsonaro, quem era contratado perdia o benefício. O presidente Lula mudou isso e a porta de saída é de um ano para que o beneficiado seja desligado do programa", explicou o ministro, destacando a regra de transição que visa dar segurança ao trabalhador que consegue um emprego formal.

Demandas da Feira Hippie e da região da 44 

Sensível às pautas dos trabalhadores informais, o ministro visitou a tradicional Feira Hippie. Durante a visita, Marinho ouviu atentamente as solicitações dos feirantes, que se concentraram em duas áreas principais: o acesso a linhas de microcrédito para fomentar seus negócios e a necessidade de melhorias na infraestrutura da Região da Feira Hippie e da 44, polos comerciais que são vitais para a economia goianiense.

Na Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), o ministro e Delúbio Soares ouviram as demandas do setor industrial por mais investimentos em treinamento e capacitação de mão de obra.

Como resultado prático do encontro, Luiz Marinho assinou um acordo que garantirá a realização de cursos de treinamento e capacitação para 700 novos soldadores e metalúrgicos, um passo importante para suprir a carência de profissionais qualificados na indústria goiana.