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    Famílias cobram justiça por morte de três jovens no interior

    Correio do Brasil
    Famílias cobram justiça por morte de três jovens no interior Reprodução

    Três jovens — Edson da Silva Rodrigues, de 23 anos, e os adolescentes Pedro Henrique Costa de Araújo e Vitor Hugo Silva de Souza, ambos com 16 — foram mortos por agentes da Companhia de Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar em 12 de abril, no Setor Jardim Pérola da Barragem 1, em Águas Lindas (GO). Um mês após o caso, familiares denunciam uma execução sumária e cobram apuração. As acusações incluem ocultação de provas, omissão de socorro, intimidação de testemunhas e falta de investigação.

    O caso foi levado por meio do mandato do deputado estadual Mauro Rubem (PT-GO) ao Ministério Público, Defensoria Pública, Polícia Civil e Procuradoria-Geral de Justiça. No dia 22 de abril, uma comitiva com 20 familiares e amigos das vítimas foi a Goiânia exigir justiça.

    “Recebemos em Goiânia as famílias das vítimas e seguimos firmes na luta por justiça. Nosso mandato tem dado visibilidade às mães e familiares que perderam seus filhos, apesar da hostilidade de deputados que defendem políticas de violência contra a população pobre na Assembleia Legislativa”, afirmou o parlamentar.

    Kassia dos Santos Guedes Amorim, irmã de Edson, denuncia que casos assim são comuns na cidade. “É sempre a mesma polícia, sempre a mesma história”, afirma. “Ele [Edson] teve um passado, cumpriu a pena dele na justiça e estava tentando uma nova vida. Mas nada justifica o que eles fizeram. Minha família está destruída.”

    A namorada de Pedro Henrique, menor de idade, relata a dor das famílias e a importância da mobilização: “Só de pensar que eles gritavam para não serem mortos, é uma dor muito forte, não desejamos isso para ninguém. Só queremos que a justiça seja feita. O Brasil não tem pena de morte.”

    Segundo a versão da PMGO, os jovens reagiram a tiros durante abordagem num apartamento suspeito de abrigar armas e drogas, e foram levados ao hospital, onde morreram. Mas a defesa das famílias contesta o relato. Eles sustentam que os jovens foram levados com vida a uma sala isolada e sem atendimento médico.

    Além disso, moradores da região relatam perseguições após o episódio. Uma jovem teria sido forçada a tirar a camiseta com homenagem a uma das vítimas, voltando para casa seminua.

    A Defensoria Pública informou que acolheu os familiares, colheu depoimentos, ofereceu o acesso ao Programa de Proteção a Testemunhas (Provita) e enviou ofícios cobrando investigação à Políc




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