O Partido dos Trabalhadores (PT) realiza neste domingo, 6, eleições internas para definir os novos comandos nacional, estaduais e municipais. O processo, conhecido como Processo de Eleições Diretas (PED), é uma marca singular da legenda, que se diferencia das demais siglas ao permitir que seus dirigentes sejam escolhidos por voto direto dos filiados e militantes.

Em Goiás, a presidência estadual será disputada entre a deputada federal Adriana Accorsi e o professor Luiz Carvalho, de Catalão. A votação ocorrerá em todos os municípios onde o partido está estruturado. Em Goiânia, a direção estadual garantiu que haverá urnas disponíveis em todas as zonas partidárias para garantir ampla participação da militância.

Na capital goiana, também haverá eleição para o diretório municipal. Duas chapas concorrem ao cargo de presidente: uma encabeçada pela professora Sara de Castro, e outra pela ex-deputada estadual Neyde Aparecida, figura histórica do PT em Goiás e ex-secretária municipal e estadual. A presença de duas mulheres liderando a disputa local evidencia a crescente participação feminina nos espaços de direção da legenda.

“A democracia interna é um princípio fundamental do PT. É o que nos diferencia e fortalece nossa base militante”, afirmou um dirigente estadual, ao destacar o caráter participativo do PED.

No plano nacional, a principal chapa é liderada por Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP) e nome próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com o apoio do chefe do Executivo, Edinho desponta como favorito à presidência nacional do partido, o que deve consolidar ainda mais a linha política adotada pelo governo federal.

O resultado das eleições internas deve influenciar diretamente as estratégias do partido para as eleições municipais de 2024 e a organização da legenda nos próximos anos. A expectativa da direção nacional é de uma votação expressiva, reafirmando o compromisso da militância com o modelo de construção partidária baseado na participação direta dos filiados.