Dólar recua para R$ 5,43 e Bolsa fecha semestre com alta de 15%

G1
Dólar recua para R$ 5,43 e Bolsa fecha semestre com alta de 15% Reprodução

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (30) em queda de 0,91%, cotado a R$ 5,4335, atingindo o menor valor desde setembro de 2023, quando a moeda americana estava em R$ 5,4241. Com o resultado, a divisa acumula queda de 12,08% no primeiro semestre de 2025.

No mesmo dia, o Ibovespa — principal índice da Bolsa de Valores brasileira — fechou em alta de 1,45%, aos 138.855 pontos, encerrando o semestre com valorização de 15,44%. No mês, o ganho acumulado foi de 1,33%.

Dados positivos e cenário externo impulsionam mercado

O último pregão de junho foi influenciado por uma série de indicadores econômicos relevantes no Brasil e no exterior. Entre eles, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta segunda-feira, apontou a criação de 148.990 vagas formais em maio, elevando o saldo de empregos com carteira assinada em 2025 para mais de 1 milhão.

Além disso, o Boletim Focus, do Banco Central, indicou a quinta revisão consecutiva para baixo nas expectativas do mercado em relação à inflação brasileira.

Estados Unidos e Europa em destaque

No cenário internacional, os investidores acompanham de perto os indicadores econômicos dos Estados Unidos e da Europa, além das discussões em torno do projeto de lei orçamentária norte-americano, batizado de One Big Beautiful Bill. O texto avançou no Senado no fim de semana e deve passar por votação final ainda nesta segunda-feira. Se aprovado, seguirá para a Câmara dos Deputados e, em seguida, para sanção presidencial.

Outro ponto de atenção é o fim iminente do prazo de suspensão do pacote tarifário do ex-presidente Donald Trump, que pode impactar o comércio global e gerar efeitos sobre o consumo interno norte-americano.

Na semana passada, dados do Departamento de Comércio dos EUA mostraram uma leve alta de 0,1% no índice de preços PCE — o indicador de inflação preferido do Federal Reserve — em maio, o mesmo avanço registrado em abril. Em 12 meses, a inflação medida pelo PCE ficou em 2,3%, ante 2,2% no mês anterior. O relatório também apontou uma queda inesperada de 0,1% nos gastos dos consumidores, após uma alta de 0,2% em abril.

Esses dados reforçam a expectativa de que o Fed poderá iniciar cortes nos juros em breve, o que tende a favorecer economias emergentes como o Brasil.

Pressão política e fiscal no Brasil
Internamente, o mercado segue a

tento às repercussões da derrubada, pelo Congresso Nacional, do decreto presidencial que previa o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida causou frustração no governo, que já indicou que pode ter de realizar novos cortes no Orçamento de 2025 devido à queda na arrecadação.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na última sexta-feira, em entrevista à GloboNews, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para avaliar se a decisão do Legislativo feriu a autonomia entre os Poderes.

Balanço do Ibovespa:

  • Acumulado do dia: +1,45%
  • Acumulado do mês: +1,33%
  • Acumulado do ano: +15,44%

Com os dados divulgados e a perspectiva de novos movimentos do Federal Reserve, o mercado deve manter a volatilidade ao longo da semana, com atenção redobrada às decisões fiscais do governo e ao cenário externo.




Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.