Varejo investe em campanhas com celebridades para impulsionar vendas no Dia das Mães

Folha de São Paulo
Varejo investe em campanhas com celebridades para impulsionar vendas no Dia das Mães Gloria Pires, Anttónia e Ana Morais em campanha para Renner - Renner/Divulgação

Marcas como Hering, Renner e C&A estão apostando em celebridades para suas campanhas de Dia das Mães de 2025, com o objetivo de aumentar a conexão emocional com o público e impulsionar as vendas em um cenário de endividamento das famílias, embora se projete um crescimento real de 4,9% no varejo.

Após campanhas anteriores com influenciadores e mais conceituais, o setor voltou a focar em celebridades tradicionais. Nomes como Bruna Marquezine, Xuxa Meneghel e Glória Pires protagonizam comerciais ao lado de suas mães ou filhas. Essa mudança ocorre em meio a um contexto de incertezas econômicas: apesar da queda no desemprego, o endividamento das famílias segue elevado. Nesse cenário, as marcas veem nas celebridades uma forma de expandir o alcance das campanhas e atingir um público maior.

Cecília Russo, especialista em comportamento do consumidor, aponta que o desafio das marcas é estabelecer uma conexão genuína com o público, criando um vínculo emocional, ao mesmo tempo em que deve equilibrar a representação real e ideal das celebridades. "A celebridade não pode ser tão parecida com o público que não desperte o desejo pela marca, mas também não pode ser tão distante que se torne inatingível", explica.

A escolha por celebridades em vez de influenciadores tem se tornado menos relevante, segundo Marcos Bedendo, professor de marketing digital da ESPM. Para ele, o que importa é o alinhamento entre a celebridade e o público-alvo da marca. "Mais importante do que a origem da celebridade, seja da TV ou internet, é a evidência que ela tem no momento e sua conexão com os valores da marca", afirma.

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), as vendas do Dia das Mães devem atingir R$ 14,37 bilhões em 2025, um crescimento de 1,9% em relação ao ano anterior. No comércio eletrônico, o aumento será ainda mais expressivo, com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projetando R$ 10 bilhões em vendas, um avanço de 14,5% em relação a 2024. O tíquete médio também cresceu, passando de R$ 531 para R$ 579, o que indica que, apesar das dificuldades econômicas, o consumidor está disposto a gastar mais.

A Hering focou em representar diferentes gerações em sua campanha, unindo ícones como Xuxa Meneghel, Bruna Marquezine e Sasha Meneghel, para atrair tanto millennials quanto a geração Z. A marca não divulgou previsões específicas de vendas.

A Riachuelo, por sua vez, escolheu Débora Bloch e sua filha para estrelar sua campanha, com o conceito "minha mãe, minha primeira stylist", destacando o vínculo entre diferentes gerações através da moda. A expectativa de vendas para o departamento feminino da marca é de um crescimento de 30% em relação ao ano passado.

A Morana apostou em Luíza Brunet e Yasmin Brunet para sua campanha, focando em mostrar a relação de admiração e apoio mútuo entre mães e filhas. A marca espera um aumento de 11% nas vendas em relação a 2024.

A C&A optou por Ingrid Guimarães, Mônica Martelli e suas filhas para sua campanha, destacando a conexão emocional com o público e a importância da identificação. A marca pretende representar laços familiares, com foco nas gerações Z, Millennial e Alpha, e no valor da diversidade.










Já a Renner escolheu Glória Pires, Anttónia e Ana Morais para protagonizar sua campanha, destacando força, autenticidade e conexão com o universo materno. A presença de Glória Pires, um ícone nacional, visa ampliar o alcance da campanha, enquanto colaboradoras da marca também ganham visibilidade nas redes sociais. A marca, no entanto, preferiu não divulgar projeções de vendas.




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