Sumiço de R$ 100 milhões envolve três banqueiros na investigação

Metrópoles
Sumiço de R$ 100 milhões envolve três banqueiros na investigação Reprodução

Nos últimos dias de abril, uma operação da Polícia Civil de São Paulo atingiu os irmãos Pinheiro, uma família de peso no mercado financeiro. Nelson, Noberto e Jaime Nogueira Pinheiro são herdeiros do antigo banco BMC, adquirido pelo Bradesco em 2007 por R$ 800 milhões. Apesar da venda, a família continuou ativa no setor, incluindo as empresas que seriam centrais em um possível esquema criminoso.

A investigação é um desdobramento da Lava Jato, que, em 2016, apontou o FPB Bank, de Nelson Pinheiro, como parte de um esquema de lavagem de dinheiro. O banco, sediado no Panamá, operava clandestinamente no Brasil e facilitava a abertura de empresas offshore. Quando a notícia se espalhou, muitos clientes do banco retiraram seus fundos, apenas para descobrir que R$ 100 milhões haviam desaparecido. A suspeita é de desvio no processo de recuperação extrajudicial do Grupo Brickell, que controlava o FPB.

Em 2023, a Polícia de São Paulo iniciou a investigação, após decisão judicial sobre fraude na recuperação extrajudicial. A Justiça autorizou a apreensão de bens dos investigados até R$ 500 milhões e a execução de 11 mandados de busca e apreensão

Nelson, acusado de ser o operador do esquema, também é sócio da Ducoco, uma empresa alimentícia em recuperação judicial, com dívidas superiores a R$ 667 milhões. Jaime, outro irmão, preside a JPP Participações e é pai da presidente da Fundação Bienal de São Paulo. Norberto, o terceiro irmão, fundou o Banco Pine, que emitiu uma nota afirmando que a relação com Nelson foi encerrada em 2005 e que ele não tem vínculo com suas atividades. O banco também explicou que a menção de Noberto se dá por sua participação em uma holding familiar, usada para planejamento sucessório.

Em resposta, a defesa de Jaime Pinheiro negou qualquer envolvimento dele com as fraudes investigadas, ressaltando que sua inclusão no caso se deve à sua participação em uma holding familiar. A defesa garantiu que todos os esclarecimentos foram prestados à polícia, com confiança na Justiça para esclarecer os fatos.




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