Marcus Vinícius de Faria Felipe

Bolsonaro vai para cadeia e o bolsonarismo para o ostracismo

Reprodução da Internet
Bolsonaro vai para cadeia e o bolsonarismo para o ostracismo

Bolsonaro será preso. E pode ser ainda este ano. Não há outra coisa a fazer com Bolsonaro após o inquérito da Polícia Federal que liga o “mito” ao plano de matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Nem a ditadura militar instalada em 1º de abril de 1964 pelos generais Mourão Filho (MG), Castelo Branco (CE) e Costa e Silva (RJ) cogitou o magnicídio do presidente João Goulart (PTB).

Bolsonaro será preso pelo conjunto de sua “obra”: tramar golpe de Estado, roubo de joias, falsificação de documentos e negacionismo em relação às vacinas e ao covid19.

A prisão de Jair Messias Bolsonaro deve ser feita com urgência para desestimular outras aventuras golpistas como o trágico atentado contra o Supremo Tribunal Federal perpetrado pelo bolsonarista Wanderley Luiz o “Tiu França”, que, tudo indica, não agiu sozinho, e seguramente fazia parte de uma das várias células bolsonaristas que foram criadas para perturbar o ambiente democrático.

Prender Bolsonaro e os 40 militares e civis indiciados na trama golpista é necessário para corrigir uma falha grave da Lei de Anistia de 1979, que não puniu com rigor os ditadores e os torturadores que mergulharam o país em 21 anos sombrios de repressão, censura e mortes. O Brasil foi o único país da América Latina onde estes elementos não foram para cadeia.

Com Bolsonaro no xilindró, os inquéritos da Polícia Federal devem aprofundar também a ligação do Partido Liberal com a trama golpista. Há indícios de que recursos do PL teriam sido usados para apoiar ações, como a confecção da minuta golpista, que incluiu o pagamento a um renomado jurista de direita para dar um parecer de legalismo à interrupção da ordem democrática no país, com a deposição (e agora se sabe assassinato) do presidente eleito.

Bolsonaro vai se acostumar a ver o sol nascer quadrado e o bolsonarismo irá aos poucos desmilinguir-se. Por mais que os “chapéus de alumínio” continuem orando para pneus, nenhum disco voador vai resgatar o ex-capitão do xadrez.

A robustez das provas contra o ex-presidente e seus apaniguados destrói o discurso moralista desta gente. O processo vai deixar claro os inúmeros casos de corrupção, formação de quadrilha, abuso de poder e uso da máquina pública para interesses próprios.

O extremismo, infelizmente, não sucumbirá com a prisão do ex-mandatário. Uma parte da sociedade foi seduzida pelo discurso de ódio contra as instituições. Reverter esta narrativa depende de apontar claramente as contradições do extremismo, e, de outro lado, dar passos concretos na melhoria da qualidade de vida da população. 

O debate da jornada 6×1 tem demonstrado que há luz no fim do túnel.

Os brasileiros e brasileiras estão exaustos não apenas com a jornada de seis dias, mas com as quatro horas que perdem nos ônibus, os baixos salários e a falta de perspectiva de melhoria na renda. O governo Lula fará um belo sepultamento do bolsonarismo se acertar uma jornada 5×2, de 40 horas trabalhadas sem redução de salário, e ainda, isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Diz-se que na cadeia há duas opções para o criminoso: faccionar-se ou evangelizar-se.

No caso de Bolsonaro, a sugestão é ler Gálatas 6:7:

“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá”




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